Globo desenvolve sistema de edição para estrutura sem fios

Raymundo Barros, diretor de engenharia da Globo

Para os novos estúdios inaugurados no dia 8 de agosto, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, a Globo desenvolveu um sistema próprio que permite realizar os cortes das cenas durante as gravações usando câmeras sem fios.

Os estúdios contam com câmeras e microfones wireless, o que garante maior mobilidade nas gravações, além de um set mais limpo. As câmeras, Sony com captação 6K, contaram com apoio da Globo em seu desenvolvimento. Segundo o diretor de tecnologia da Globo, Raymundo Barros, a produção realizada nos novos estúdios será em 4K. Toda a infraestrutura permite produzir em 4K HDR – High Dynamic Range.

A grande novidade está na possibilidade de manter o modelo de trabalho anterior, no qual os cortes são realizados ainda durante a captação, mesmo trabalhando sem fios no cenário. O uso de câmeras com fios não permitia muita liberdade no set. "No MG4 conseguimos trazer a liberdade que conquistamos em séries e cinema: câmeras soltas sem cabo", diz Barros. A este noticiário o executivo explicou que as câmeras gravam o conteúdo em catões no próprio equipamento, ao mesmo tempo em que transmitem imagens proxy (em baixa resolução) para as ilhas de corte. A edição feita nestas ilhas gera EDLs – edition lists, que são marcações do timecode de corte. "Quando descarregamos os cartões no CPP (centro de pós-produção), as marcações já estão todas feitas. Na maioria das vezes, a edição já está pronta, mas se precisar fazer alguma correção, o material (bruto) está todo lá", explica.

Além disso, a CPP está em uma cloud privada, o permite que a edição final seja feita na sede do CPP, ou rm qualquer outro lugar com conexão à Internet. "Já temos feito experiências remotas. Isso traz liberdade para também para a criação de cenas de efeito visuais", finaliza Raymundo Barros.

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