A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, confirmou nesta quinta-feira, 10, que o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA) foi convidado pelo presidente Lula e aceitou ocupar o cargo de ministro das Comunicações.
Fernandes vai assumir posto deixado por Juscelino Filho, também do União Brasil do Maranhão, que renunciou ao cargo de chefe do MCom na última terça-feira, 8, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suspeitas de corrupção.
Segundo Hoffmann, o nome de Fernandes (que é líder do União na Câmara dos Deputados) foi apresentado pelo partido e acatado pelo presidente. Mas o novo chefe do MCom teria pedido para assumir após a Páscoa, como forma de encaminhar questões pendentes de seu mandato. Fernandes já era tido como favorito ao posto.
Vale notar que embora sejam do mesmo partido e estado, o futuro ministro e Juscelino Filho não são do mesmo grupo político. Isso significa que não há necessariamente um alinhamento entre os dois em relação à continuidade das administrações, apurou este noticiário.
Em sua passagem como parlamentar, Pedro Lucas Fernandes foi também vice-líder do governo no Congresso. Ele foi autor do PL 420/2025 (Programa Nacional de Infraestruturas Sustentáveis e Resilientes); do PL 1.006/2022, que criou o Marco Legal das Atividades Espaciais; e relata o PL 2.175/2023 (Marco Regulatório do Metaverso). Também relatou o PL 1.539/2015, que instituiu a obrigatoriedade de Análise de Impacto Regulatório pelas agências, segundo levantamento da ECCO Consultoria.
Pedro Lucas Fernandes tem 45 anos (nascido em 1979) e é natural de São Luís, no Maranhão. É filho do também político Pedro Fernandes Ribeiro, ex-deputado federal e atual prefeito do município de Arame (MA).
Formado em administração de empresas, o novo ministro das Comunicações foi vereador de São Luís por duas vezes consecutivas (de 2013 até 2018). Atualmente está no segundo mandato como deputado federal: em 2022, foi eleito com 159.786 votos, sendo o segundo mais bem votado no Maranhão.
Fernandes também foi presidente da Agência Executiva Metropolitana (AGEM), responsável por obras e melhorias na infraestrutura da Região Metropolitana da Grande São Luís. Na época, foi nomeado pelo então governador Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).