AT&T quer HBO com mais conteúdo original e base mais expressiva

HBO Now

O novo CEO da Warner Media, John Stankey, levou à HBO, que faz parte do grupo recém adquirido pela AT&T, a mensagem de que a empresa precisa aumentar substancialmente sua base de assinantes, bem como o número de horas que os espectadores passam assistindo seus programas. De acordo com matéria do New York Times, o executivo participou de uma apresentação a cerca de 150 funcionários da programadora premium em sua sede em Nova York, do qual também participou Richard Plepler, diretor-executivo da HBO. As mudanças propostas por Stankey, segundo a publicação, transformarão a operação "boutique", com foco na programação de domingo à noite, em algo maior e mais amplo. "Precisamos de horas por dia (de relacionamento com os assinantes). Não são horas por semana e não são horas por mês. Nós precisamos de horas por dia. Estamos competindo com dispositivos que ficam nas mãos das pessoas e capturam a atenção delas a cada 15 minutos", disse o executivo no evento que aconteceu no último dia 19 e ao qual o NY Times teve acesso através de uma gravação.

A fala sugere que não há ainda um modelo de negócio desenhado para o futuro da HBO. Pelo contrário, o CEO da Warner Media, um antigo executivo da AT&T, apontou que mais horas de engajamento levarão à obtenção de dados preciosos sobre os clientes, que permitirão monetizar com modelos alternativos de publicidade e de assinaturas.

Embora tenha acalmado os presentes ao lembrar que praticamente não há duplicação nos serviços da Warner Media e da AT&T, o que garante a manutenção dos empregos após o fim do processo de fusão, Stankey alertou que virá pela frente um ano difícil, com "muito trabalho para alterar e mudar um pouco o rumo."

Questionado por Richard Plepler, Stankey, sem falar em valores, disse acreditar que a AT&T aumentará o investimento na HBO. Mas a declaração não veio de graça: o CEO da Warner Media disse que a meta é "ganhar dinheiro", o que a HBO faz, "mas não o suficiente".

De acordo com o NY Times, a HBO, nos últimos três anos, destinou mais de US$ 2 bilhões por ano à programação, lucrando quase US$ 6 bilhões. No entanto, a concorrência agora é com a Netflix, que planeja investir US$ 8 bilhões apenas este ano.

Para Stankey, o número de assinantes da rede – 40 milhões nos EUA e 142 milhões no mundo – não é suficiente. Ele pregou ir além de 35% a 40% de penetração para popularizar o produto. Por fim, disse que, para ser um peso-pesado na indústria de streaming, seria sensato adicionar outros tipos de conteúdo ao serviço OTT HBO Now.

1 COMENTÁRIO

  1. O primeiro passo seria realmente melhorar o HBO Go, em termos técnicos, pois a todo momento dá erros. Em seguida, melhorar a usabilidade de tal serviço. E em terceiro, seria realmente mundializar a plataforma. Não é de se estranhar que foi exatamente esses passos que deram a Netflix o espaço que tem. Somente depois disso que se transformaram em um gigante de produção de conteúdo…

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