Desempenho da Vivo começa a justificar investimentos da Telefônica

O grupo Telefônica começa a colher os frutos da aquisição total da operadora móvel Vivo, que no terceiro trimestre obteve receita líquida de R$ 5,3 bilhões, alta de 16,4% sobre os R$ 4,6 bilhões apurados em igual intervalo do ano passado.

Na esteira dos resultados financeiros da operação móvel do conglomerado espanhol no Brasil, a receita de dados e Serviços de Valor Adicionado (SVA) da empresa chegou à casa dos R$ 1,2 bilhão, evolução de 13,2% na comparação com igual intervalo do ano anterior. Esta receita também representou 23,4% da receita líquida de serviços móveis da Vivo. O percentual indica um aumento de 3,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento destas receitas é reflexo da expansão —115% em 12 meses— na quantidade de clientes dos planos de Internet de terceira geração (3G) da operadora. O maior uso de mensagens de texto (SMS) também ajudaram a puxar os indicadores desta modalidade de negócios da empresa.

Impulsionada por uma maior penetração de smartphones e celulares com acesso à Internet, a banda larga móvel respondeu por 50,2% das receitas de dados, crescendo 32,6% sobre o apurado entre julho e setembro de 2010 e alta de 4% ante o trimestre imediatamente anterior.

A empresa também viu suas adições líquidas dispararem no trimestre contabilizado, alcançando crescimento de 72,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo foram adicionados três milhões de novos acessos no período. Destes, 37,5% estão no segmento pós-pago e os 62,5 restantes estão na telefonia pré-paga, maior parte da base de assinantes do segmento.

Já a receita média por usuário (ARPU) chegou a R$ 26,2, alta de 3,6% frente ao mesmo período do ano passado, graças ao crescimento de 24,5% no tráfego de longa distância.

Fixa

No mercado de telefonia fixa o lucro do grupo Telefônica atingiu R$ 4,2 bilhões, crescimento de 6% sobre os R$ 3,9 bilhões apurados no mesmo período contábil de 2010.

A receita de serviços de voz atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 3,4% ante os R$ 2,6 bilhões registrados um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita de dados fixos do grupo evoluiu 7,8%, para R$ 901 milhões. Entre julho e setembro do ano passado, a empresa havia computado R$ 836 milhões em receitas com o serviço de dados fixos.

A empresa encerrou setembro com 15,334 milhões de acessos fixos, crescimento de 2,9% em relação ao terceiro trimestre de 2010. A empresa atribui esse crescimento à “representatividade de acessos de banda larga fixa sobre voz fixa, que passou de 27,7% no 3T10 para 32,0%”.

O número de assinantes da banda larga fixa cresceu 13,2% em relação a setembro de 2010, somando 3,551 milhões de clientes em 30 de setembro. Entre julho e setembro, foram adicionados 81 mil acessos. Na voz fixa, a empresa encerrou o trimestre com 11,090 milhões de linhas instaladas, uma redução de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a empresa, os serviços de televisão por assinatura totalizaram 693 mil acessos no trimestre, alta de 48,8% sobre o montante apurado em igual período de 2010. Neste segmento, os negócios da companhia tiveram crescimento de 77 mil acessos no período.

Margem

Em teleconferência de resultados do grupo, o diretor-executivo da empresa, Paulo Cesar Teixeira, afirmou que acha possível melhorar as margens de lucro da empresa. “Estou confiante que podemos fazer melhor”, comenta. Entretanto, a empresa espera uma alta nos custos ao longo do quarto trimestre. Conforme Teixeira, estes aumentos ocorrerão por conta de altas sazonais, decorrentes “do aumento da atividade comercial” às vésperas do Natal, fato que pode encarecer a publicidade e comissões, por exemplo.

Teixeira voltou a dizer que todo esforço de expansão de telefonia fixa e banda larga da Telefônica fora do Estado de São Paulo será feito através da rede da Vivo.

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