O que pensam os deputados sobre a abertura do capital

O deputado Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro, participou da audiência e questionou a posição da Fenaj, acreditando que ela não representa o pensamento da maioria dos jornalistas, que "nada têm contra a presença dos capitais estrangeiros nas empresas onde trabalham". O deputado do PV do Rio de Janeiro considera que a imprensa brasileira é pobre de recursos e que a presença de capital estrangeiro poderia dar uma ajuda. Em resposta ao deputado, Daniel Herz considerou que há uma situação de vulnerabilidade da mídia no Brasil e que isso, aliado à entrada de grupos estrangeiros, resultaria num verdadeiro desastre. "Não há dúvida de que a injeção de capital estrangeiro poderia alavancar o desenvolvimento do jornalismo brasileiro, mas a que preço?", pergunta o representante da Fenaj. O deputado Pedro Celso, do PT do Distrito Federal, quis saber se a Fenaj concordaria com algum tipo de presença de capital estrangeiro nas empresas de comunicação. Herz respondeu que acredita nesta possibilidade como já aconteceu na Lei do Cabo, mas que atualmente não vê condições deste diálogo pelo retrocesso que se observa no setor. Para ilustrar o que considera um retrocesso, Daniel Herz disse aos deputados que os seminários que estão sendo promovidos pelo Ministério das Comunicações para debater a Lei de Comunicação de Massa foram pautados pela Abert, que agora está muito próxima do ministro Pimenta da Veiga. "É diferente do ex-ministro Sérgio Motta, que mantinha sua independência diante dos radiodifusores", insiste Herz. Para a Fenaj é preciso pensar primeiro no equacionamento de políticas públicas que busquem objetivos nacionais para o setor de radiodifusão.

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