A contribuição de 1% sobre a receita bruta que todas as empresas do setor terão que pagar (sejam operadoras de cabo, MMDS ou DTH) para o Fundo de Universalização de Telecomunicações parece ser um caminho de uma só via. As operadoras já se conformaram que terão que pagar a contribuição, sancionada em lei recentemente. Mas estudam uma forma de tentar ter esse dinheiro de volta, com projetos de universalização que incluam o setor de TV paga. É difícil, pois o Fust não foi idealizado para serviços não essenciais. Tanto a Anatel quanto as empresas buscam encontrar formas de que o Fust financie, por exemplo, o atendimento com Internet em banda larga de estabelecimentos públicos como escolas e bibliotecas. Mas a agência quer que os recursos sejam utilizados também para universalização de serviços de TV. Segundo Renato Guerreiro, no início da próxima legislatura (em fevereiro de 2001) o Ministério das Comunicações pretende enviar ao Congresso Nacional uma proposta de alteração na lei que criou o fundo para justamente permitir que outras empresas de telecomunicações (e não só as de telefonia fixa, como está na redação atual) possam ter os benefícios dos recursos.