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Novo filme de Celia Catunda aborda abismo geracional em uma família de imigrantes

Celia Catunda (Foto: Carolina Arruda)

“Meu Avô é um Nihonjin” é o novo longa-metragem da Pinguim Content. Na 23ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que teve início nesta sexta-feira, dia 11 de outubro, Celia Catunda (de “Peixonauta”, “O Show da Luna!”, “Tarsilinha”), diretora do filme, apresentou detalhes da obra. A animação acompanha Noboru, um menino de dez anos de idade, descendente de japoneses, que recorre ao avô para investigar a história da família. Apesar de ter sempre evitado o seu difícil passado, Hideo acaba por aceitar contar sua história para o neto. Ao investigar o passado da família, Noboru descobre que tem um tio que nunca conheceu e de quem nunca tinha ouvido falar. A partir daí, vai conhecendo mais e mais sobre as pessoas da família que vieram antes dele e entendendo suas origens.

“O filme conta a história dessa família e da conexão e dos conflitos do neto com o avô. A trama dos dois reflete um abismo geracional que existe especialmente entre os imigrantes. Fala de imigração, laços familiares e identidade e herança cultural”, observou Catunda, pontuando ainda que São Paulo é o lugar que concentra na atualidade a maior população de descendentes japoneses fora do Japão. 

O roteiro, assinado por Rita Catunda, é adaptado do romance “Nihonjin”, de Oscar Nakasato, professor de Linguística e Literatura na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Já a direção de arte é inspirada no trabalho de Oscar Oiwa, um artista brasileiro descendente de japoneses cujas pinturas expressam essa mistura de culturas. Por fim, a trilha sonora é assinada por André Abujamra, que já trabalhou em quase 30 filmes ao longo de sua carreira. 

O projeto já passou por uma série de festivais e mentorias. O primeiro foi o Ventana Sur, de Buenos Aires, em 2018, no Pitching de Projetos de Animação. Em 2019, esteve no CICAF – China International Cartoon and Animation Festival e também no CineKid Festival, de Amsterdam, em ambos participando da sessão de pitching. Em 2021, foi selecionado pelo MIFA Campus Brazil, programa promovido pelo Festival Internacional de Animação de Annecy. Em sua trajetória, “Meu Avô é um Nihonjin” também esteve na sessão Work In Progress do último Festival de Cannes, no Marché du Film, e no ano passado retornou ao Ventana Sur, também para ser apresentado como Work in Progress. 

“Não é um filme tão comercial, talvez seja mais nichado. Por isso estamos trabalhando com calma nele”, adiantou a diretora. A animação encontra-se em fase de pós-produção e tem seu lançamento previsto para julho de 2025. 

 

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