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Plataformas de streaming discutem o futuro do conteúdo não-ficcional no Latam Content Meeting

Marco Altberg, Monica Pimentel, Tony Patterson e Tiago Ornaghi no Latam Content Meeting. (Crédito: Mauricio Bazilio / Divulgação)

O painel “Industry Talk: Plataformas”, realizado no Latam Content Meeting no Rio de Janeiro, reuniu Tony Patterson, diretor de produções internacionais originais da Amazon MGM Studios; Tiago Ornaghi, gerente de conteúdo do Globoplay; e Monica Pimentel, vice-presidente de estratégia de conteúdo da Warner Bros. Discovery, para debater o impacto do conteúdo não-ficcional no cenário do streaming. O encontro, que terminou nesta quarta, 12, proporcionou discussões sobre o futuro dos documentários, reality shows e programas factuais, além dos desafios e oportunidades para criadores e o público.  

Monica Pimentel, da Warner Bros. Discovery, iniciou o painel destacando a relevância do conteúdo não-ficcional, ou “unscripted”, para a plataforma Max. Segundo Pimentel, 47% do conteúdo da plataforma se enquadra nesse gênero, que abrange desde conteúdos factuais, como os policiais “Aeroporto” e “Operação Fronteira”. A executiva ressaltou a importância de produções com alta qualidade de produção, narrativas envolventes, acesso exclusivo a histórias e personagens, e relevância social.  

Tiago Ornaghi, da Globo, complementou a discussão, celebrando o momento do Globoplay, que está próximo de lançar seu 100º documentário original em apenas cinco anos. Ornaghi destacou a transformação do documentário em um produto de entretenimento, capaz de atrair a mesma audiência que consome ficção e reality shows.  

Desafios e oportunidades

Os executivos também abordaram os desafios enfrentados pelos produtores independentes no mercado de streaming. Tiago Ornaghi, da Globo, enfatizou a importância de os produtores criarem projetos que se destaquem em meio à vasta oferta de conteúdo das plataformas. “Não existe uma resposta, é o que é muito bem feito, muito completo e muito necessário”, afirmou Ornaghi, ressaltando a dificuldade em aprovar todos os projetos de qualidade recebidos.  

Monica Pimentel complementou destacando a busca por histórias autênticas, com acesso exclusivo e personagens carismáticos, que emocionem e impactem o público. Pimentel também falou sobre o processo de seleção de projetos na Max, que envolve diversas etapas de avaliação e aprovação.  

Tony Patterson, da Amazon MGM Studios, aconselhou os produtores a pensarem nas tendências futuras ao desenvolverem seus projetos. “Enquanto você está desenvolvendo um projeto agora, tenha em mente as tendências que podem surgir daqui a 2 ou 3 anos. É isso que esperamos de nossos creators”, afirmou Patterson, que também falou sobre a importância de investir em iniciativas locais com potencial de ressonância global: “Nós nos preocupamos em contar histórias de modo autêntico, e queremos dar um retorno às comunidades nas quais investimos”.  

O futuro da não-ficção no Brasil

Os executivos demonstraram otimismo em relação ao futuro do conteúdo não-ficcional no Brasil. Monica Pimentel, da Warner Bros. Discovery, destacou a diversidade do país e o potencial para a produção de conteúdo com relevância internacional. “O Brasil tem condição de competir, sim, com conteúdo”, afirmou Pimentel, ressaltando a importância da responsabilidade de todos os envolvidos na produção audiovisual.  

Tiago Ornaghi, da Globo, também celebrou o momento do mercado de streaming no Brasil, que, apesar das mudanças, continua a valorizar boas histórias. “As histórias vão continuar, é de histórias que a nossa indústria vive, isso vai continuar para todo o sempre”, concluiu Ornaghi.

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