Para o presidente da Telefônica, Antônio Valente, a presença do grupo em operações de MMDS em cidades importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre não deve atrapalhar a disputa, pela Vivo, da faixa de 2,5 GHz para a quarta geração do celular. "Nossa estratégia é concorrer pela faixa de 2,5 GHz para operar com LTE. Não acho que teremos dificuldades".
Este noticiário apurou, contudo, que o quadro é um pouco mais complicado. De fato, a Telefônica não deve ter dificuldades de disputar a faixa de FDD de 20 MHz + 20 MHz, mas possivelmente terá que devolver a faixa de 50 MHz em TDD que tem hoje por conta do MMDS, porque com isso estaria além do cap de frequências previsto pela Anatel. A Telefônica já pediu a faixa de 10 MHz + 10 MHz a que, como operadora de MMDS, tem direito nas cidades em que opera para serviços de telefonia móvel com tecnologia FDD.
De qualquer maneira, tudo dependerá de como virá o edital, que segundo o embaixador Ronaldo Sardenberg, presidente da Anatel, deve ser votado pelo conselho diretor ainda este mês a tempo de atender aos prazos da licitação de 2,5 GHz estabelecidos em decreto.