Para operadoras móveis, liberar espectro da TV é do interesse público

A eterna disputa por espectro entre os serviços de radiodifusão e de telecomunicações foi discutida pelo viés econômico no primeiro dia da IBC, que acontece entre 11 e 16 de setembro, em Amsterdã. GSM Association e Europe Broadcast Union (EBU) travaram um acalorado embate. Segundo o diretor de políticas públicas da GSMA, John Giusti, é do interesse maior do público ampliar o uso de espectro para o serviço de dados móvel, pelo valor arrecadado em impostos com o serviço. Segundo ele, esse valor ultrapassa todo o faturamento da TV aberta. "Não se trata apenas de um benefício econômico para as operadoras móveis, ou para os desenvolvedores de conteúdo, mas de um benefício econômico para o público. Se nos perguntarmos qual indústria traz maior valor econômico, a resposta não será ambígua. O setor móvel na União Europeia em 2013 representou 269 bilhões de euros, comparado a 48 bilhões de euros da TV terrestre. O volume de impostos pagos apenas pelas operadoras móveis alcançou 53 bilhões de euros", disse.

Por outro lado, segundo o diretor de tecnologia e inovação da EBU, Simon Fell, o custo de transição de 120 milhões de lares para uma forma alternativa de serviço custaria bilhões. Ele citou um estudo da EBU que aponta que o custo de limpeza da faixa da TV digital terrestre na Europa seria quatro vezes maor que o benefício dessa limpeza (o leilão da faixa de frequência). O que estava em debate era a faixa de espectro abaixo dos 700 MHz.

Segundo o secretário geral da Broadcast Networks Europe, Lars Backlund, "liberar a faixa ou mesmo permitir uma coexistência no espectro abaixo dos 700 MHz impactará severamente na viabilidade da TV terrestre e poderá causar a falência de toda uma indústria", disse.

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