O conselheiro da Anatel, Luiz Tito Cerasoli, disse que uma das maiores preocupações da agência em relação a TV digital é a definição do modelo de negócios. O receio da Anatel é criar um modelo que possa tornar a TV aberta, que é atualmente um serviço gratuito e universal, inacessível para grande parte da população. Se isso acontecesse, provavelmente o Brasil teria de manter a transmissão analógica e digital simultaneamente, por tempo indeterminado, para não prejudicar quem não puder pagar pela troca de sistema de recepção. "Definir o padrão é fácil. Difícil é escolher um modelo para o serviço que não seja excludente", afirmou Cerasoli.
Vale lembrar que durante a audiência pública sobre TV digital realizada na terça, 11, na Comissão de Educação do Senado, insinuou-se que as transmissões das TVs abertas não poderiam ser em alta definição. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações (SET), Roberto Franco, argumentou, na ocasião, que isso pode ser considerado um cerceamento à atividade dos radiodifusores, pois outras mídias estarão oferecendo HDTV, alertando assim para a exclusão dos telespectadores que dependem das TVs abertas.
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