Reclamação generalizada

Partes destas empresas chegaram às mesmas conclusões sobre o favorecimento do critério técnico em detrimento do valor ofertado pela concessão. Argumentam que, persistindo esta distorção, sua participação nos editais de cabo e MMDS ficará inviabilizada e grandes grupos estrangeiros, que têm dinheiro para investir, entrarão no país sem nenhuma restrição semelhante à que está sendo imposta aos grupos nacionais. Não se sabe quanta pressão os grandes grupos de mídia brasileiros farão para que o Minicom altere o quesito nos editais definitivos. Mas já se imagina que haverá muito trabalho para a equipe do ministério que está trabalhando nos documentos, de modo que a abertura dos primeiros lotes de editais (previstos para dia 29 de agosto e 10 de setembro) deve atrasar. Além das reclamações individuais, a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) deve encaminhar ao Minicom um documento geral de comentários às minutas. Para estes grandes grupos, a situação cria um paradoxo: ao mesmo tempo que os editais exigem capacidade técnica para explorar o serviço de TV a cabo ou MMDS, como estão, dificultarão a participação das empresas mais experientes. Além disso, reclamam as grandes empresas, a ausência de prazo para avaliação das propostas pode levar a situações como a que está sendo vivida nos editais de radiodifusão: as propostas já estão há seis meses aguardando uma resposta do Minicom. O argumento da reclamação é que a ausência desta agenda de abertura pode fazer com que as empresas participantes desistam dos editais ainda não abertos na medida que os resultados de outros editais forem sendo publicados, o que implica pagamento de multa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui