O primeiro dia do PAY-TV Forum 2024, evento realizado pelas publicações TELETIME e TELA VIVA esta semana em São Paulo, mostrou que o mercado de oferta de conteúdos por assinatura (não apenas a TV por assinatura tradicional, mas os novos modelos assimilados por operadores e programadores) já sinalizam, para todo o mercado, uma estabilização na queda de base, a retomada do crescimento de receitas e a perspectiva de que os modelos entre operadoras, canais, agregadores e plataformas de streaming convergem para modelos de negócio comum.
A Globo destacou, na participação de seu CEO, Paulo Marinho, que as receitas com venda de conteúdo (o que significa a estratégia de distribuição de canais em múltiplas plataformas e do serviço de streaming Globoplay) voltou a crescer. A Claro, principal operadora de TV paga, também estancou a perda de receita e já vislumbra um ciclo positivo, com a maior parte das vendas de novos assinantes no modelo OTT e cerca de 1 milhão de usuários conquistados nesse modelo em apenas dois anos.
Além disso, a Claro empresa abraçou a ideia de ser um hub de diferentes serviços de conteúdos, de canais lineares a plataformas de streaming, dentro de uma estratégia que até mesmo a Netflix, responsável pelas principais disrrupções do mercado nos últimos anos e hoje parceira da Claro, vê como relevante dentro de sua estratégia de crescimento no Baasil
Também a Vivo, que já de algum tempo deixou de priorizar a oferta de TV paga tradicional em seu porfólio, comemora a oferta de canais lineares e plataformas de streaming em suas ofertas de banda larga, no Vivo Play e nas ofertas móveis, com cerca de 3 milhões de usuários dos serviços digitais de áudio e vídeo.
A Sky ainda vive um desafio de crescimento por conta da concorrência com a banda Ku aberta, mas destacou a aceleração das vendas do Sky+ (serviço OTT da empresa) acima das expectativas, sobretudo quando serviços piratas começam a ser prejudicados por medidas de combate como as implementadas pela Anatel. Da mesma forma, ISPs como Vero e Alares são contundentes em colocar a distribuição paga de conteúdo como parte essencial na dinâmica competitiva do mercado de banda larga.
Este saldo mostra que após uma longa noite de indefinições e perda de mercado, a distribuição de conteúdos por assinatura parece ter encontrado modelos em que produtores de conteúdo, plataformas digitais e operadores de telecomunicações conseguem participar com ganhos partilhados por todos. Não é pouco.
O foco deveria ser conteúdo tb porque os canais a cabo vivem de reprise de programas produzidos há mais de 10 anos.
O único problema é que essas TVs por assinatura perderam muitos conteúdos, por exemplo o brasileiro série B, Sula americana, libertadores e copa do Brasil, não passam todos os jogos, depois que chegaram os streaming, Paramount, Star plus, prime video e canais Disney, acabou com o futebol nessas TVS por assinatura, aí fica difícil dar continuidade a programação que essas emissoras transmitem, eles escolhem os jogos, e a tendência é que elas não vão mais existir.