Estimular a construção de redes e a universalização da banda larga no Brasil não é tarefa simples. Para o presidente da Alcatel-Lucent, Jonio Foigel, desonerar a construção de redes é uma etapa, mas não é suficiente. “Não vamos conseguir fibrar um país como o Brasil e também não vamos conseguir cobrir áreas rurais sem 4G. Serão precisos investimentos até mesmo do governo”, alerta.
Ele detalha que esses investimentos governamentais poderiam incluir até mesmo um aporte direto na construção de redes em áreas sem atratividade econômica para posterior aluguel da infraestrutura para as teles que ali forem prestar o serviço. “Onde é economicamente viável, as operadoras vão fazer, não precisa o governo empurrar”, pontua.
Atraso
Para Foigel, o atraso na abertura do segmento de TV a cabo para as operadoras de telecomunicações retardou o crescimento da banda larga no Brasil, mas não foi o único fator. “Lançamos 3G muito tarde também e, em tecnologia, se perde o timing, paga-se o preço. Não podemos incorrer no mesmo erro com a 4G”, adverte.
Foigel acredita que a tecnologia LTE no Brasil começará cobrindo algumas regiões e áreas específicas, e que isso, ao contrário do que defendeu o presidente da TIM, Luca Luciani, não vai bloquear o desenvolvimento do 3G. “São timings diferentes”, resume.