A conclusão da Ancine em sua Análise de Impacto Regulatório (AIR) do segmento de Vídeo Sob demanda é que há potencial de obter um melhor desempenho das obras brasileiras nos catálogos dos provedores de VOD com a adoção de medidas de incentivo semelhantes às adotadas para o mercado de TV por assinatura. No entanto, o relatório aponta que cabe avaliar a conveniência da implementação de tais medidas no atual estágio de desenvolvimento do mercado de VOD no Brasil.
A AIR foi colocada em consulta pública nesta sexta, 13.
De acordo com a análise, o retrato atual da inserção do conteúdo nacional nos catálogos dos provedores de VOD que atuam no Brasil difere bastante do observado nos países que implementaram alguma forma de incentivo à obra doméstica. O percentual representado pelo conteúdo brasileiro em relação ao total do catálogo tem baixa penetração, tanto em número de títulos quanto em tempo de exibição.
Concorrência entre plataformas
A análise aborda a substituibilidade entre o VOD e a TV paga. O levantamento da Ancine destaca que a nova forma de consumo de mídias para entretenimento depende fortemente da banda larga fixa, que deve estar disponível em qualidade e velocidade adequadas. Apesar da alta penetração do acesso à Internet, "o Brasil ainda tem um serviço considerado de baixa qualidade – em especial para a população menos favorecida – com acesso muito baseado em telefones celulares, muitas vezes dependentes de planos pré-pagos, franquias baixas e rede wi-fi".