Perspectiva econômica é melhor para 2017, diz SindiTelebrasil

Para o SindiTelebrasil, que fez nesta terça, 13, um balanço do ano das telecomunicações, 2016 fecha como um ano em que o setor está, do ponto de vista financeiro das empresas prestadoras de serviço, com resultados piores, mas com uma perspectiva de melhora do cenário econômico setorial. Para Eduardo Levy, diretor-presidente da entidade, é preciso fazer muitas ressalvas antes de assegurar que haverá uma melhora no desempenho do setor, mas a aprovação do PLC 79/2016, que altera o modelo, é algo que gera perspectivas muito positivas para 2017. "Ao transformar concessão em autorização, há um prêmio, que será aplicado em banda larga. Ao antecipar o fim do contrato de 2025 e trazer o valor dos bens reversíveis para o presente, esse recurso da indenização que não será feita também reverte para a banda larga. E o terceiro ponto é que o projeto gera uma visão de que a aplicação de recursos no longo prazo fica mais seguro", diz Levy. Para ele, "o setor de telecom está terminando o ano de 2016 com uma situação de resultados piores mas com uma perspectiva melhor, com a aprovação do PL, dos novos prefeitos eleitos  entendendo mais a necessidade da nossa infraestrutura, o amadurecimento das iniciativas do governo de usar TICs". Tudo isso, diz o executivo, pode fazer com que o ano de 2017 seja um ano melhor "mesmo com uma situação de incerteza". Entre as ressalvas, estão o ritmo ainda ruim da economia, o desemprego em alta e a renda em queda, a carga tributária elevada e as questões regulatórias pendentes (excesso de carga, assimetria com OTTs, legislações municipais entre outras).

Os dados do setor em 2016 mostram uma queda na receita acumulada. Até setembro, as operadoras registraram receita bruta de R$ 170 bilhões, contra R$ 174 bilhões no ano anterior. Os investimentos foram de R$ 17,2 bilhões até setembro, contra R$ 19,1 bilhões no mesmo período de 2015 e R$ 20 bilhões em 2014. Ainda assim, destaca Levy, os investimentos ficaram na média dos últimos seis anos, o que é, segundo ele, um  grande feito no cenário recessivo atual. "Foi um ano em que o aumento de carga tributária, sobretudo o ICMS, teve um impacto muito pesado sobre o setor", diz ele, apontando que todos os serviços, à exceção da banda larga fixa, registraram queda de base. Para 2017, o SindiTelebrasil identificou apenas no Rio de Janeiro um movimento no sentido de um possível aumento de ICMS. "Já passamos há muito tempo do ponto em que os Estados aumentam a arrecadação ao aumentarem os tributos. Hoje, o aumento de imposto só acelera a perda de base", diz ele.

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