Custo do satélite foi determinante para a Oi decidir sair do DTH, diz Abreu

O fato de estar com planos de se desfazer da operação de DTH criando uma unidade chamada TVCo não significa que a Oi abandonará a oferta de serviços de vídeo. Segundo Rodrigo Abreu, presidente da operadora, a separação e possibilidade de venda da unidade TVCo pelo valor de R$ 20 milhões (considerado quase simbólico, levando em conta que a Oi tem quase 1,5 milhão de assinantes e gera receita de R$ 370 milhões por trimestre) se insere na lógica de reduzir os compromissos futuros, especialmente o contrato de uso do satélite SES-6, cuja vigência vai até 2028 e que tem um custo projetado, segundo Abreu, "superior a R$ 1 bilhão". Fontes do mercado estimam que esse valor, na verdade, possa estar entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões ao ano, o que daria um compromisso futuro de quase R$ 2 bilhões ao câmbio atual.

Abreu reiterou que a Oi continuará operando IPTV, neste caso com o modelo de revenue-share com o comprador da TVCo (que fica responsável por fornecer a programação) e que mantém os planos de oferta OTT, de conteúdos por streaming.

Fontes do mercado indicam que o sucesso ou não de venda da TVCo dependerá da capacidade do futuro comprador de renegociar contratos, tanto de satélite quanto de programação. No caso específico do satélite, a fonte ressalta que os valores compromissados pela Oi com a SES têm o ano de 2013 como base, quando a realidade da TV paga era outra e o mercado estava em franca expansão, e a Oi teria pago ainda um excedente. "Hoje o valor de mercado de capacidade de satélites já é muito menor do que era quando a Oi fez o contrato, e o mercado de TV por assinatura tem uma trajetória completamente diferente".  

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