“O modelos estabelecidos de suporte por publicidade continuam a existir, mas estão ameaçados”, disse Bill Scott, COO da Easel TV, fornecedora de soluções para OTT e IPTV, em um debate na IBC, que acontece de 11 a 16 de setembro em Amsterdã. Segundo ele, embora o modelo de séries e novelas suportadas por publicidade ainda tenha um papel importante, há diversas variantes, bastante sofisticadas, que proporcionam novas formas de exposição das marcas. Além disso, a audiência também caminha para outros modelos de distribuição, fugindo do linear. Ele questionou se empresas como Amazon e Netflix não poderiam lançar mão do patrocínio de marcas para ampliar a sua produção e aquisição de conteúdos exclusivos, por exemplo. Segundo o executivo, o volume de conteúdos exclusivos ainda é insignificante – embora haja títulos de grande sucesso. Novos modelos poderiam levar estas empresas a volumes de conteúdo exclusivo muito maiores, representando uma ameaça ao broadcast não apenas na disputa por audiência, mas por verbas publicitárias.
Segundo Ella D’Amato, da agência de conteúdo Drum PHD, “muitas marcas reconhecem que não estão alcançando o seu target através da TV tradicional. Elas buscam criar conteúdo de valor para criar um relacionamento com os seus consumidores”. De acordo com ela, muitas vezes a forma encontrada é criar programas de rádio ou TV e séries online. “Este tipo de patrocínio sempre teve um papel no broadcasting comercial, mas agora a escala está mudando, assim como a ambição das marcas”, completou.
A publicitária disse ainda que as grandes marcas podem um papel diferente na mídia em breve. “Muitas das grandes marcas têm escala e nível para causar um impacto neste mercado e podem se tornar proprietárias da sua própria mídia”, diz.