As criadoras pernambucanas Dora Amorim e Júlia Machado lideram a Zebra Filmes, produtora que chega ao mercado com duas obras que serão filmadas em 2025 e outras cinco em desenvolvimento. Juntas, as duas acumulam mais de uma década de experiência e trazem no portfólio projetos que já circularam por festivais nacionais e internacionais, como Cannes, Locarno, Berlinale e Rotterdam. Elas já produziram mais de sete longas-metragens e mais de 15 curtas-metragens, incluindo obras independentes e projetos originais. E, nesta última edição do Festival do Rio, o filme “Ainda Não é Amanhã”, produzido por Amorim e Machado, recebeu um prêmio na categoria de Melhor Atriz para Mayara Santos. O longa esteve na seção Novos Rumos e conta com a direção é de Milena Times.
Com a Zebra, a dupla pretende continuar desenvolvendo filmes e séries que exploram temas relevantes e contemporâneos, equilibrando projetos autorais independentes com produções de maior apelo comercial. “Queremos transformar o cinema brasileiro com filmes que dialoguem com questões importantes da nossa geração. Nossa produtora pretende estar presente desde o desenvolvimento até a distribuição, atuando como produtoras criativas que dão suporte integral aos realizadores”, diz Machado.
Entre os primeiros projetos a serem assinados pela Zebra estão “A Constelação”, de Nathália Tereza e Marçal Taques, apoiado pela Ancine e com coprodução da Diadorim Filmes; e “Engulo o Mar que me Engole”, de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, apoiado pelo Funcultura Audiovisual e com coprodução da Olar Filmes. Os filmes devem ser rodados no próximo ano.
O portfólio também traz “A Carta”, de André Antônio e Rodrigo Almeida, e “Não se Perca de Mim”, de Fellipe Fernandes, em desenvolvimento. Atualmente, estão lançando dois longas que assinam como produtoras – o “Ainda Não é Amanhã”, premiado no Rio, e “Salomé”, de André Antônio, que será exibido no Festival de Valdívia, no Chile, ainda neste mês. Os filmes são do selo Ponte Produtoras, no qual Amorim e Machado também são sócias.