Documentário "Ku Klux Klan – Uma História Americana" chega este mês com exclusividade ao Curta!On

A história da Ku Klux Klan vai muito além de uma série de atos violentos praticados em nome da supremacia branca: ela se confunde com a própria história das transformações sociais nos Estados Unidos, do fim da Guerra de Secessão até os dias de hoje. Essa narrativa é contada em detalhes no documentário "Ku Klux Klan — Uma história americana", que chegou este mês com exclusividade ao Curta!On — o novo clube de documentários do NOW, plataforma da Claro NET.

Em quase duas horas, divididas em dois episódios, o filme dirigido pelo cineasta francês David Korn-Brzoza (de "O último ano de Hitler") mostra como a organização terrorista foi desmantelada e reconstruída várias vezes ao longo das décadas e chegou a eleger governadores, deputados e senadores, numa época em que era considerada uma força política legítima e contava com 4 milhões de membros, que não faziam questão de esconder seus rostos com capuzes em marchas públicas – até mesmo o presidente Harry Truman, conhecido pelo Plano Marshall, foi filiado à KKK antes de chegar à Casa Branca.

A primeira parte do documentário se inicia com a criação da Ku Klux Klan, na cidade de Pulaski, no Tennessee. Foi formada por um grupo de veteranos confederados de ascendência escocesa, que se reuniam para beber e pregar peças em escravos recém-libertos pela abolição. A intimidação aos negros, principalmente os que votavam ou tinham empregos dignos, foi se tornando cada vez mais violenta, levando a assassinatos e linchamentos.

Cientistas políticos, professores de várias universidades — como as de Nova York, Chicago e Washington — e até um ex-membro da Klan dão depoimentos, esclarecendo aspectos como o funcionamento interno da organização e como ela chegou a desfrutar de status na sociedade na década de 1920, além de curiosidades como a convocação do Super-Homem para lutar contra o grupo. Nas décadas de 1950 e 60, em retaliação ao movimento pelos direitos civis dos negros, integrantes da KKK cometeram crimes que chocaram a opinião pública e, ironicamente, pressionaram Washington a promover mudanças, como o direito ao voto para afro-americanos. O documentário termina nos dias atuais, mostrando a atuação de supremacistas brancos nos Estados Unidos de Donald Trump, como no atentado de Charlottesville, na Virginia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui