A distribuidora Filmes do Estação, braço do Grupo Estação, completa um ano de atuação no mercado após a retomada de suas atividades, em 2024. Dos sete filmes lançados, destacam-se o documentário francês “Orlando, Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado, e os nacionais “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa, em cartaz há seis meses e com exibições em janeiro. O filme segue um modelo de distribuição similar ao de temporadas de teatro, aliado a uma programação especial de mostra de cinema, debates e oficinas. Outro destaque é “Malu”, de Pedro Freire, que recebeu prêmios e foi um dos vencedores do Festival do Rio 2024, com quatro prêmios: Melhor Longa-Metragem de Ficção (junto com “Baby”), Melhor Roteiro (Pedro Freire), Melhor Atriz (Yara de Novaes) e Melhor Atriz Coadjuvante (prêmio duplo para Carol Duarte e Juliana de Carneiro da Cunha). Foi ainda o único filme brasileiro selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Sundance 2024.
No ano passado, a distribuidora lançou também os filmes nacionais “De Pai para Filho”, de Paulo Halm; “Fausto Fawcett na Cabeça”, de Victor Lopes; “Transe”, de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor (estes três em parceria com a Arthouse), além do documentário “Ospina, Cali, Colômbia”, do diretor português Jorge Carvalho. Os filmes foram lançados em mais de 20 cidades no circuito nacional, entre circuito de arte e Multiplex.
Novos lançamentos para 2025
Para 2025, estão previstos os lançamentos de produções internacionais como “Meu Verão com Glória”, de Marie Amachoukeli, que participou da Semana da Crítica em Cannes 2023 e estreia no dia 20 de fevereiro; “Loucos por Cinema!”, de Arnaud Desplechin, que participou da última edição do Festival de Cannes e será lançado no dia 6 de março; e “Sempre Garotas”, com direção de Shuchi Talati, que participou de Sundance 2024 e estreia no dia 17 de abril; entre outros. “As Vitrines”, o quarto longa-metragem da diretora e roteirista Flavia Castro, está entre os destaques dos lançamentos nacionais do ano. A produção de Marcello Maia, que conta com parceria da Globo Filmes, tem previsão de estreia para o segundo semestre de 2025. A história é inspirada no período da infância da diretora no Chile, quando a família se refugiou na Embaixada da Argentina, em 1973, após o golpe de Pinochet. “Outros filmes – brasileiros e internacionais – estão sendo negociados e serão anunciados em breve, entre eles uma coleção de clássicos”, adianta Adriana Rattes, diretora do Grupo Estação.
Histórico
A distribuidora Filmes do Estação, fundada originalmente em 1990, foi responsável por lançamentos de sucessos brasileiros e internacionais e distribuiu no Brasil cerca de 300 títulos, se especializando também no relançamento de clássicos. Em 2024, retornou às atividades com o propósito de continuar a formar novas gerações de amantes do cinema. Pensando em lançar cada filme de forma atenta, criativa, original e cuidadosa, a empresa opta por trabalhar com poucos projetos por ano. Dentre os brasileiros, a Filmes do Estação distribuiu, ao longo de sua trajetória, filmes independentes como “Cheiro do Ralo”, de Heitor Dhalia; “Riscado”, de Gustavo Pizzi; “Juízo”, de Maria Augusta Ramos; “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”, de Domingos Oliveira; e “Fabricando Tom Zé”, de Décio Matos.