Um estudo da BB Media sobre a pirataria de conteúdo audiovisual na América Latina, referente ao último trimestre de 2024, aponta para a penetração do acesso ilegal em lares da região. A análise detalha os gêneros de conteúdo mais pirateados e os tipos de acesso utilizados pelos usuários.
Entre os gêneros mais afetados pela pirataria, os esportes representaram 27% do total, seguidos por filmes e séries, com 21%. A programação linear dos canais nacionais ficou em terceiro, com 12%, enquanto variedades alcançaram 10%. Documentários e culturais somaram 7%, notícias e conteúdo infantil registraram 6% cada. Conteúdo internacional teve 4%, e as categorias premium, música e linear regional/provincial ficaram com 2% cada.
Acesso
Quanto aos métodos de acesso em lares com pirataria online, o estudo indicou que a web foi a forma mais prevalente, utilizada por 75,20% dos usuários de pirataria. O acesso via M3U foi observado em 41,23% dos casos. Já o acesso via Torrents atingiu 18,24%, enquanto o uso de IPTV foi identificado em 17,29%.
O M3U é um formato de arquivo simples baseado em texto que funciona como uma lista de reprodução para arquivos multimídia. Embora originalmente criado para listar arquivos de áudio MP3, sua aplicação se expandiu, sendo a base de muitos serviços de IPTV ilegais.
O arquivo M3U funciona como o "cardápio" ou "guia" que direciona o player do usuário para os servidores que transmitem o conteúdo pirata.
Em relação especificamente ao acesso M3U, o estudo da BB Media apontou que 53,97% ocorreu via aplicativos, e 38,59% via Software/ADDONS.
Países
A penetração da pirataria variou entre os países analisados. O Equador apresentou o maior índice, com 59,88% dos lares. A Colômbia registrou 54,23%, o Peru 48,50%, o Uruguai 46,98%, e a Argentina 45,47%. O Chile teve uma penetração de 39,88%, seguido pelo México com 31,90%. O Brasil apresentou o menor índice entre os países listados, com 27,36% de penetração em lares.
