Após ano forte em publicidade, Café Royal quer se firmar em entretenimento

Lançada em abril com a proposta de ser um hub criativo, a produtora Café Royal chega ao fim do ano comemorando trabalhos em publicidade, exposições, branded content, teatro. Para 2020, vem desenvolvendo trabalhos na área do entretenimento, além de uma parceria na nova peça teatral da atriz Denise Fraga e ainda de um projeto de arte contemporânea.

O perfil multifacetado é resultado direto do background dos sócios, os diretores Georgia Guerra-Peixe, diretora de conteúdo com vasta experiência em branded content; Julio Hey, com experiência em publicidade, cinema e TV, e Luiz Vilaça, que vem do teatro e tem reconhecido currículo em cinema e TV, além dos produtores executivos Moa Ramalho e Adriana Tavares, ambos com experiência em publicidade e entretenimento.

Segundo Moa Ramalho, 2019 foi um ano excelente para a publicidade na produtora. Já nos primeiros dois meses a produtora marcou 15 filmes produzidos. Além dos comerciais tradicionais, ao longo do ano desenvolveu formatos com agências e anunciantes, como uma série para a Febraban e um formato para o Itaú. 

Ao longo do ano, fechou parceria internacional com a produtora BRO Cinema, de Lisboa, Portugal. A joint venture visa permitir que a brasileira realize coproduções por toda a Europa, bem como funcionar como apoio à produtora portuguesa no Brasil.

Entretenimento

Em entretenimento a produtora conta com 16 projetos em diferentes fases, incluindo documentários, longas de ficção, séries documentais e de ficção, além de realities. "Este ano, fomos presentar a empresa nos canais e nas distribuidoras", conta Adriana Tavares. "Também agregamos talentos 'de fora'", completa, apontando a estratégia para ter uma ebulição criativa na casa. A ideia, explica, é manter um trânsito de publicitários, cineastas, autores, artistas visuais e atores, a fim de que todo o time divida e compartilhe experiências.

Uma das iniciativas para atrair talentos e conversas foi a criação do "Bar Royal", um evento de confraternização realizado semanalmente, sempre com convidados de fora e com banda ao vivo. "Às vezes, fazemos um escambo. As bandas tocam em troca do vídeo da apresentação", conta Julio Hey.

Hey é um dos responsáveis pelo projeto de longa-metragem mais avançado da produtora, o documentário "Do Amor Ninguém Foge", em finalização. Realizado em parceria com seu irmão, Daniel Hey, o doc retrata um presídio que segue o método APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), em São João Del Rey, Minas Gerais. "Passamos um mês acompanhando o dia-a-dia do presídio", conta o diretor.

Ainda no gênero documental, a produtora prepara a série "Refugiados – Meu Lugar é Onde Estou", que traça um mapa afetivo da cidade pelo olhar de refugiados. 

Dois projetos da produtora que chegaram como proposta dos talentos que participam deles, através do relacionamento com a produtora, são uma série documental e um longa de ficção . O primeiro é uma série em desenvolvimento sobre longevidade, idealizada e apresentada pelo especialista em bem-estar e condicionamento físico Márcio Atalla. 

Outro é um longa-metragem de ficção inspirado na história das maiores jogadoras de basquete Hortência e Magic Paula. O recorte será temporal, tendo o cenário sociopolítico brasileiro presente. A ideia é retratar a mulher esportista guerreira da época, trazendo uma reflexão para os dias de hoje. As imagens dos jogos serão originais, já que é quase impossível reproduzir a química das duas nas quadras. Assim como a direção, o roteiro e a produção serão feitos unicamente por mulheres. "Elas trouxeram a ideia e estão abrindo seus arquivos e suas memórias", conta Adriana Tavares.

Na foto: os diretores Luiz Villaça, Joca_Georgia Guerra-Peixe e Julio Hey; abaixo estão Adriana Tavares e Moa Ramalho.

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