A Globo anunciou nesta segunda, 17, seu novo modelo de gestão do entretenimento. A área deixará de ser centralizada, com a criação de novas diretorias especializadas por gênero: dramaturgia diária, liderada por Sílvio de Abreu; dramaturgia semanal, comandada por Guel Arraes; e variedades, liderada por Boninho (diários e realities) e Ricardo Waddington (noites e fins de semana). A estrutura se completa com duas atuais diretorias: produção, comandada por Eduardo Figueira, e desenvolvimento artístico, dirigida por Monica Albuquerque.
O diretor geral de entretenimento, Manoel Martins, se aposenta no fim do ano, completando 37 anos de empresa. Ele está no comando do entretenimento desde 2008.
"Nós temos, na Globo, o compromisso com a evolução constante e, para isso, sempre estamos revendo modelos e processos para buscar ainda mais qualidade e eficiência. A aposentadoria planejada do Manoel nos deu a oportunidade de repensar mais profundamente a estrutura do Entretenimento como um todo e prepará-lo para os desafios que temos pela frente. Manoel nos deixa um grande legado: uma produção eficiente e altamente qualificada de 2,5 mil horas anuais de entretenimento, cuja relevância é reconhecida e premiada no mundo todo. Como nossa principal vocação é contar histórias, estamos colocando o conteúdo em primeiro plano, apoiado por nossos talentos e pela enorme capacidade de produção do Projac", diz, em nota, o diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder. O executivo promete "novas histórias, dramas, shows, realities, especiais, seriados".
O processo de reestruturação foi apoiado pela consultoria Strategy&, ex Booz & Company, e teve início no ano passado, acompanhado por Manoel Martins. Segundo a Globo, os fóruns de criação, implantados no início do ano, já fizeram parte do modelo que é inaugurado agora. Eles funcionarão ligados diretamente aos líderes dos gêneros de entretenimento.
Além da mudança no conteúdo, a atual gestão implementou, desde o seu início, outras iniciativas, como a mudança da marca, a produção para outras plataformas, como a TV fechada e a web, e o investimento em novos formatos e linguagens para a TV aberta.