Liberty Global adquire CWC e se torna um operador relevante de telecomunicações na América Latina

A Liberty Global, do magnata John Malone, fez um movimento importante de aquisição de uma operação de telecomunicações na América Latina, com uma oferta de compra de 100% da CWC (Cable & Wireless Communications) por US$ 5,3 bilhões mais uma dívida de US$ 2,7 bilhões. A aquisição se dará na forma de troca de ações da Liberty Latin America and Caribbean (LiLAC), que congrega hoje a VTR chilena e uma pequena operação em Porto Rico. As operações da CWC combinadas com as operações que a Liberty já tinha na região compreendem cerca de 10 milhões de clientes nos serviços de cabo, telefonia fixa, telefonia móvel e, agora, com uma importante infraestrutura de telecomunicações nos países do Caribe e América Central, incluindo cabos submarinos.

A operação é um primeiro passo na expansão da LiLAC na região, algo que a Liberty vinha planejando há algum tempo, inclusive olhando ativos no Brasil. Com isso, a Liberty, que já era uma das maiores operadoras de cabo do mundo, com forte presença na Europa (onde tem cerca de 30 milhões de clientes) e ainda aguardando a autorização da FCC para comprar a Charter e a Brighthouse nos EUA, torna-se uma das maiores operadoras de telecomunicações na América Latina, rivalizando na América Central e Caribe com o grupo América Móvil e Telefônica. No passado, a Liberty chegou a analisar a possibilidade de entrar no Brasil por meio da Oi, mas o movimento não foi adiante por conta do endividamento da companhia e do regime de concessão dos serviços fixos. A Liberty sondou também pequenas operadoras no Brasil, mas o negócio acabou não saindo.

Um aspecto importante da compra da CWC é que é uma das primeiras operações adquiridas pela Liberty com forte presença no segmento móvel, em linha com o que aconteceu na Europa depois de adquirir a operadora holandesa Ziggo.

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