A nova produção nacional do Disney+, "Meu Sangue Ferve Por Você – A Série", estreia na plataforma nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro. Com Filipe Bragança interpretando Sidney Magal, a produção biográfica mistura ficção e realidade para narrar, em quatro episódios, a história de como o artista e sua esposa Magali se conheceram em Salvador, na Bahia, e enfrentaram diversos desafios para ficarem juntos até hoje, completando 45 anos de casados.
Ao longo da série, os próprios Sidney Magal e Magali comentam os momentos mais marcantes das suas vidas, refletindo sobre como o destino os uniu e como suas histórias se entrelaçaram. Dirigida por Paulo Machline e Joana Mariani, que também assina o roteiro ao lado de Roberto Vitorino e Diane Maia, a série traz no elenco, além de Bragança, Giovana Cordeiro no papel de Magali e os atores Caco Ciocler e Emanuelle Araújo, entre outros. Assista ao trailer:
Para a produtora Joana Mariani, a participação dos próprios Sidney e Magali na série foi natural. "Ao longo desse processo de anos de fazer uma ficção, produzimos outras coisas com o Magal, como um DVD dos seus 50 anos de carreira, um documentário, que eu dirigi, e o filme, que estava em fase de pré-produção quando veio a pandemia. Magal é um personagem muito gostoso de trabalhar. E a Magali, uma pessoa que raramente dá entrevistas, topou falar para o documentário. É interessante que a 'fábula' que é a história deles ganha ares muito grandes de realidade quando vemos os dois juntos há 45 anos, vivendo essa vida real. Eles não são um casal mágico, que não briga. São palpáveis. Quando tivemos a ideia dos dois participarem da série, achamos brilhante, seria o melhor dos dois mundos: tudo o que queríamos fazer na ficção e essa coisa fascinante que é vê-los na realidade. Tivemos a ideia, a Disney comprou e chegamos a esse resultado", disse Mariani em entrevista para TELA VIVA.
O casal esteve presente em diversas diárias de filmagens – até mesmo para gravar seus depoimentos – mas, mais do que isso, estiveram muito próximos do projeto ao longo de toda sua jornada. "O Magal principalmente. A Magali dando a retaguarda, organizando as coisas, e ele nos ajudando artisticamente, principalmente na construção do personagem com o Filipe", contou o diretor Paulo Machline. "O Magal e o Filipe estiveram juntos muitas vezes. Além da atuação, tínhamos as cenas de canto e dança. O Filipe precisava masterizar tudo isso e, para isso, tivemos muita ajuda do Magal. Queríamos que o Filipe nos apresentasse o 'seu Magal', mas que ele vibrasse como o Magal da vida real. No final do processo, quando já estávamos ensaiando as cenas, o Magal acompanhou de perto e foi o responsável pelo 'acabamento' no gestual, no olhar e na dança. Ele foi muito generoso no processo. Em uma das diárias, ele viu o Filipe no palco e falou que aquela era a primeira vez que estava assistindo a um show dele mesmo. Ele estava emocionado por 'se ver' ao vivo. E isso foi muito legal".
A produtora ressaltou que ter os biografados presentes pode aparentar ser uma interferência ruim, mas não foi o que aconteceu nesse caso. "A Magali nos mostrou a Giovana como uma boa opção para interpretá-la. Foi a primeira foto que ela me mandou. Mas isso não significa que, se não fosse a Giovana, nós teríamos problemas. Fizemos teste de elenco com 150 pessoas, tivemos opções, mas acabamos voltando na Giovana. A gente sabe que outras biografias têm mais controle, e às vezes de pessoas que nem estão mais aqui. Mas o Magal e a Magali foram e são muito generosos. Eles sempre partiram do ponto de que eles são especialistas em música e em suas próprias vidas e, nós, em fazer filmes. Se entregaram essa história para nós, é porque confiam na gente. E fomos nessa".
Para Machline e Mariani, a série passa uma mensagem positiva para o público. "Acho que as pessoas tendem a querer o impossível. A nossa expectativa é sempre o 'viveram felizes para sempre'. Mas o que o Magal e a Magali trazem, e que a série também trouxe de uma maneira muito divertida, gostosa e clara, é que o felizes para sempre não significa necessariamente que tudo é perfeito. Eles, de certa forma, foram felizes para sempre, estão casados há 45 anos. Mas essa é uma frase menos linear do que costumamos ler no final dos contos de fadas. Se entendermos isso, seremos mesmo mais felizes", refletiu a produtora. O diretor acrescentou: "Fica uma mensagem sobre acreditar no amor, respeitar e aceitar as diferenças. Eles têm personalidades muito diferentes, mas o respeito de um pelo outro, pelo jeito de cada um, é uma delícia de ver. Eles estão cada um na sua viagem, mas com respeito, admiração e amor acima de tudo".