Balanço da TV Filme vem com novas perspectivas

A TV Filme divulgou esta semana o seu balanço referente ao segundo trimestre de 99. Não há grande mudança nos números da empresa. São 74,2 mil assinantes nas quatro operações em funcionamento, prejuízo líquido de US$ 36,1 milhões, receita de US$ 13,3 milhões e EBITDA negativo em US$ 1,2 milhão. Todos estes números referem-se aos três meses terminados em 30 de junho. A grande novidade do balanço, contudo, está na reestruturação da dívida que a TV Filme está promovendo que implica diluição das participações dos atuais sócios. A TV Filme encontrou o caminho para reestruturar a sua dívida de US$ 140 milhões, que se complicou depois da desvalorização do real. Foi firmado um acordo com os seus credores (portadores de senior notes) nas seguintes condições: 1) Aceita-se um desconto de 21,4% no total devido (ou seja: o montante cai para US$ 110 milhões); 2) Os credores recebem US$ 25 milhões em dinheiro, imediatamente; 3) US$ 35 milhões são convertidos em um outro título, com vencimento em 2004, a juros anuais de 12%; 4) Os credores passarão a deter 80% das ações da empresa. Segundo Charles Pollin, diretor da TV Filme, a companhia começa a nova vida com algo entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões em caixa. O que já permite fazer planos e iniciar as novas operações. Os antigos sócios Warburg Pincus, Tevecap e família Lins de Albuquerque terão seus percentuais na empresa diluídos proporcionalmente, mas os números finais não foram divulgados. Mesmo que um único fundo de investimento (o norte-americano Resurging), detenha mais de 35% da dívida atual da TV Filme, não haverá mudança no corpo diretivo no Brasil.

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