Para Sky, combate à pirataria é obrigação de todo o setor

Ao comentar a assimetria de condições de competição entre as diversas modalidades de serviços de vídeos por assinatura, o CEO da Sky, Estanislau Bassols, lembrou durante o Pay-TV Forum, realizado nestes dias 18 e 19 por TELA VIVA e TELETIME, de um competidor com condições ainda mais vantajosas: a pirataria. Em um país em que 78% já teve algum consumo de pirataria, é obrigação de todo o ecossistema da TV por assinatura combater a massificação da prática ilegal, diz o executivo. 

"Programadores, operadores e players novos devem ter responsabilidade (no combate)", diz Bassols. "Competir com o custo zero é difícil", completa. Como exemplo de iniciativa de combate, cita a oferta de conteúdos no modelo TV everywhere adotado pelas operadoras, mas reconhece que é uma batalha complexa.

O executivo destaca a dificuldade em bloquear streaming piratas por conta do tempo que leva para se obter uma decisão judicial. "A gente bloqueia um range de IP, o usuário acha o novo endereço no Google e levamos mais seis meses para conseguir derrubar", diz. 

Para a Sky, a solução é adotar um modelo adotado em alguns países no qual o bloqueio pode ser emitido por um órgão público com credibilidade, o que no Brasil seria feito pelas agências reguladoras. "Se conseguíssemos bloquear de forma dinâmica, mais rápido do que eles (os piratas) conseguem responder, venceríamos", diz. 

Além disso, ele prega a obrigação de banimento de comercialização de espaços publicitários e plataformas de e-commerce para a pirataria nas redes sociais e mecanismos de busca, "assim como se bane a venda de drogas".

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