Inatel desenvolve solução de baixo custo para convivência do 5G e TVRO em 3,5 GHz

Uma pesquisa de mestrado conduzida no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) desenvolveu uma solução de filtro de baixo custo para a convivência do serviço 5G em 3,5 GHz com a distribuição da TV via satélite (TVRO) na banda C. Classificados como "promissores" pela Anatel, os resultados da pesquisa podem ser repassados a um fabricante de sistemas de recepção via parabólica caso haja interesse de produção em larga escala.

O trabalho em questão foi realizado pelo mestrando Luciano Camilo Alexandre, especialista em sistemas do Inatel, e orientado pelo professor e coordenador do laboratório WOCA da instituição de ensino, Arismar Cerqueira. A Anatel, por sua vez, fez parte do projeto de pesquisa e da discussão dos resultados.

Em comunicado de imprensa divulgado pelo Inatel, o gerente de espectro, órbita e radiodifusão (ORER) da Anatel, Agostinho Linhares, afirmou que a solução teria grande potencial de ser usada como uma possível opção de convivência. "Conceitualmente, há estudos que propõe o uso de filtros na entrada, mas desconheço um que tenha implementado um filtro com resultados tão promissores como este trabalho originado no Inatel", afirmou Linhares.

"A solução desenvolvida no Inatel pode ser implementada não apenas nas TVROs, mas também nos sistemas profissionais, sendo uma opção de baixo custo e alto desempenho", prosseguiu Luciano Camilo Alexandre, autor do trabalho. "Essa solução terá que ser repassada por um fabricante de sistema de recepção via parabólica para ser reproduzida em larga escala e agregada à tecnologia atual", completou.

Além do aspecto técnico que tem sido um dos fatores de atraso para o leilão 5G, opondo teles e radiodifusores, o Inatel também destacou a importância social de uma solução para o impasse da convivência do TVRO com o 5G em 3,5 GHz – uma vez que pelo menos 12 milhões de residências podem precisar da instalação de filtros. Uma outra alternativa seria a migração dos sistemas TVRO para a banda Ku, em opção defendida pela radiodifusão.

Em novembro, as teles apresentaram estudo do CPqD que teria constatado a disponibilidade de filtros aptos a possibilitar a convivência entre os dois serviços na banda C. Uma decisão do gE

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