"Amarela", da MyMama, vence como Melhor Curta-Metragem de Ficção no Festival de Havana

(Foto: Divulgação)

O filme "Amarela" venceu a categoria de Melhor Curta-Metragem de Ficção no 45º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano em Havana, Cuba. O título conquistou o "Prêmio Coral Especial de Curta ou Média-metragem de Ficção" neste que é um dos principais festivais de cinema da América Latina. "Amarela" foi escrito e dirigido por André Hayato Saito, com produção de Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, pela MyMama Entertainment. Saito, Luigi Madormo e Tati Wan assinam o roteiro.

O filme foi selecionado, somente neste ano, para participar de 35 festivais de cinema ao redor do mundo. Entre os destaques de sua trajetória, a produção disputou a Palma de Ouro de Melhor Curta-Metragem no 77º Festival de Cannes. Sua estreia nacional ocorreu na Première Brasil do Festival do Rio.

O Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Havana, foi concebido como uma continuação dos festivais de Viña del Mar (1967 e 1969), Mérida (1968 e 1977) e Caracas (1974), os quais reuniram filmes e cineastas representativos das tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina. Surgiu como uma resposta definitiva à urgente demanda por um espaço que garantisse o encontro sistemático entre as cinematografias do continente e seus criadores.

"É muito emocionante ter 'Amarela' como o Melhor Curta-Metragem de Ficção nesse festival em Havana. Este filme é um grito represado da comunidade asiático-brasileira, clamando por representatividade, pertencimento e respeito às nossas individualidades e ancestralidades", afirma Saito. "Espero que o filme contribua para ampliar a discussão sobre as várias identidades que compõem o que é ser brasileiro", completa.

O curta se passa em São Paulo, em julho de 1998. No dia da final da Copa do Mundo contra a França, Erika Oguihara (Melissa Uehara), de 14 anos, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, Erika sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos. "Amarela" é o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, "Crisântemo Amarelo", que está em processo de captação e foi selecionado para o Torino Feature Lab 2024. 

 

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