Embora o processo ainda não tenha chegado para a análise do órgão regulador brasileiro, o conselheiro Jarbas Valente avalia que, em princípio, não há problema na aprovação da operação de venda nos EUA da DirecTV, dona da Sky, para a AT&T, que tem uma participação de cerca de 8% na América Móvil, controladora da Net e da Claro.
Valente explica que a Resolução 101 da Anatel caracteriza a coligação quando a participação é maior que 19,9%, ou nos casos em que há representantes no conselho de administração da empresa, o que será verificado quando o processo chegar à agência.
De toda forma, a avaliação inicial do conselheiro é de que a mudança de controle da Sky não deve trazer impacto concorrencial no mercado de TV por assinatura, tendo em vista que ele já é bastante competitivo. Além disso, a própria AT&T já disse que pretende se desfazer das posições que têm no grupo América Móvil.
A operação foi anunciada no último domingo, 18. A AT&T assume o controle da DirecTV em uma transação que envolve 30% do valor em cash e 70% em ações da própria AT&T, tendo sido a DirecTV avaliada em nada menos do que US$ 67 bilhões, e o custo da operação para a AT&T deve ser de US$ 48,5 bilhões.
