O que pesa na escolha do novo sócio da TVA

O que realmente pesa nas negociações entre a argentina CEI e os sócios da Abril na TVA, segundo fontes próximas, é o preço que está sendo pedido pelos 37,8% da empresa que estão à venda. Os sócios estrangeiros (Falcon, Hearst, ABC e Chase) querem receber baseados no que pagaram para entrar. A CEI, por sua vez, busca desvalorizar a base da TVA, principalmente pelo fato de que cerca da metade desta base é composta por assinantes de MMDS. O que se comenta é que esta diferença entre o valor do cabo e o valor do MMDS não tem solução, e precisará ser absorvida por alguma das partes. Vale lembrar que, nesta negociação, os assinantes da DirecTV no Brasil (que é 75% TVA) não estão envolvidos. Esta é uma outra negociação. Uma conclusão das negociações com a CEI depende ainda, além deste ajuste de preços, de uma definição com relação às novas operações da empresa, o que só será conhecido ao término do processo de licitação. Oficialmente a TVA não está disputando nenhuma nova concessão, mas seus sócios estão. No momento em que se souber quais são os possíveis pontos de presença de uma operação genuinamente TVA (e não apenas uma franqueada), o valor da empresa deve mudar. É muito remota a possibilidade de que as negociações entre os sócios da Abril e a CEI envolvam também os negócios editoriais da família Civita, como a imprensa argentina insiste em divulgar. Por ora, isso está fora de cogitação, até porque as conversas ainda não dizem respeito à participação de 62,2% da Abril na TVA, mas apenas à porção dos sócios. Todas as negociações, com qualquer um dos possíveis sócios, ainda devem demorar, contudo.

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