A primeira edição do Netflix International Showcase foi realizada na última segunda-feira, 18 de novembro, em Los Angeles. Na ocasião, Bela Bajaria, Vice-Presidente Global de Conteúdo, declarou que "grandes histórias podem vir de qualquer lugar". Acompanhada por Minyoung Kim (Vice-Presidente de Conteúdo na Ásia Pacífico), Paco Ramos (Vice-Presidente de Conteúdo na América Latina), Monika Shergill (Vice-Presidente de Conteúdo na Índia) e Larry Tanz (Vice-Presidente de Conteúdo na Europa, Oriente Médio e África), ela destacou o compromisso da Netflix em produzir séries e filmes em idiomas locais, além de estabelecer parcerias sólidas com mais de 1000 produtores de mais de 50 países fora dos Estados Unidos.
Ao exibir trechos de alguns dos próximos títulos da Netflix de língua não-inglesa, Ramos compartilhou que todos estão focados em "Criar histórias que façam a audiência dar o play e ficar até o fim. Uma série ou um filme que eles amam tanto que mal podem esperar para terminar e recomendar aos amigos".
O evento teve como destaque vídeos inéditos de séries como "Cem Anos de Solidão", da Colômbia; "O Leopardo", da Itália; "Até o Último Samurai", do Japão; "A Imperatriz", da Alemanha; "El Refugio Atómico", da Espanha; a terceira temporada de "Alice in Borderland", do Japão; e os filmes "Revelations", da Coreia, e "Un Fantasma en la Batalla", da Espanha. Do Brasil, o destaque foi "Senna", que estreia na plataforma em 29 de novembro.
"As pessoas gostam da autenticidade das histórias locais", explicou Bela Bajaria, VP Global de Conteúdo, reforçando que não existe algo como fazer um título global. "Quando você tenta fazer algo que agrade a todos, acaba criando algo que não agrada ninguém." Por isso, Bajaria incentiva sua equipe a ser ambiciosa e a apoiar a visão dos criadores com o objetivo de "fazer com que séries e filmes ressoem primeiro em seu país de origem".
Falando em conteúdos de diferentes partes do mundo, Minyoung Kim compartilhou que mais de 80% dos assinantes da Netflix ao redor do mundo assistem a conteúdo coreano. Já Bajaria mencionou que hoje mais de 70% de todo o conteúdo assistido na Netflix é com legendas ou dublado. "Isso não é ótimo apenas para o público – é ótimo também para os criadores, porque significa que suas histórias podem ter um impacto ainda maior no mundo". Ainda nesse ponto, ela destacou que, mesmo em um país como os Estados Unidos, onde o público tradicionalmente prefere histórias locais americanas, o interesse por programação em língua não-inglesa está crescendo. No ano passado, cerca de 13% das horas assistidas nos EUA foram de títulos não ingleses, com séries e filmes coreanos, espanhóis e japoneses atraindo as maiores audiências.
Para concluir a apresentação, Bajaria ressaltou a parceria da Netflix com talentos locais, o compromisso com as narrativas locais e a crença de que grandes histórias podem vir de qualquer lugar e ser amadas por audiências em todo o mundo: "Espero que possam ver a amplitude e a ambição do que estamos fazendo ao redor do mundo e porque acreditamos que esses títulos serão os próximos favoritos dos fãs".
De novas produções, foram citadas no evento da plataforma 16 títulos. Destes, três são da Espanha, três da Coreia, dois da Argentina, três do México, um do Japão, um da Itália, um da Colômbia e dois do Brasil – a série "Senna" e o filme sobre o jogador de futebol Vini Jr. – curiosamente duas produções sobre grandes nomes do esporte brasileiro. O longa "Vini Jr." será dirigido por Andrucha Waddington e Emílio Domingos, com roteiro de Carolina Albuquerque, Emílio Domingos e Sergio Mekler e produção executiva de Luísa Barbosa e Renata Brandão, da Conspiração. O longa estreia na Netflix em 2025, ainda sem data definida. Já na apresentação de novas temporadas, o destaque brasileiro foi a quinta leva de "Sintonia".