Netflix ganhou 17 milhões de assinantes em 2015

Em comunicado divulgado nesta terça, 19, a Netflix anunciou uma adesão acima da prevista em sua base de assinantes internacionais e nas receitas no último trimestre de 2015. A ação da empresa subiu 10% após o anúncio.

A companhia afirmou ter ultrapassado a marca de 75 milhões de assinantes (após o fechamento do trimestre), o que representa uma adição líquida de 17 milhões de assinantes no ano. No trimestre, a Netflix adicionou 1,56 milhão de assinantes líquidos nos EUA e 4,04 milhões nos demais países. A expectativa para o quarto trimestre era de 1,65 milhão nos EUA e 3,5 milhões internacionalmente.

A empresa teve no trimestre receitas de US$ 1,82 bilhão, e um ganho por ação de US$ 0,1. A projeção dos analistas de Wall Street era de uma receita de US$ 1,83 bilhão, mas com um ganho de US$ 0,02 por ação.

A Netflix deve aumentar em 33% sua produção original este ano, de 450 horas em 2015 para 600 horas em 2016, conforme já anunciado. No comunicado, a empresa especificou que serão produzidas novas temporadas de cerca de 30 séries, oito longas-metragens, 35 novas temporadas de séries infantis e nove especiais de stand-up comedy.

Segundo a companhia, seus assinantes consumiram 42,5 bilhões de horas de streaming em 2015, contra 29 bilhões em 2014, um crescimento de 46,5%.

No final de 2015 a Netflix contava com 74,76 milhões de assinantes do serviço de VOD por streaming, sendo 44,74 (perto de 60%) nos EUA. Mas o crescimento maior vem se dando fora dos EUA. Para o primeiro trimestre de 2016 a empresa prevê um crescimento líquido de 4,35 milhões de assinantes internacionais contra 1,76 milhão no mercado doméstico americano.

Na composição das receitas, o mercado internacional contribuiu com US$ 566 milhões no quarto trimestre de 2015, contra US$ 1,106 bilhão dos EUA. Ou seja, a empresa tem perto de um terço de suas receitas de streaming vindo de fora dos EUA, e este número deve aumentar, com a adição de mais 160 países ao serviço. Já para o primeiro trimestre a empresa prevê que as receitas internacionais passem de 33% para 36% do total.

É interessante notar, porém, que a operação internacional ainda é deficitária. Enquanto a operação nos EUA teve margem de contribuição de 35,9% no quarto trimestre, fora do país a Netflix teve prejuízo operacional de US$ 109 milhões, ou 19,2%. A empresa atribui os números sobretudo à forte valorização do dólar frente às demais moedas.