O mercado internacional (fora dos EUA) representou 53% do faturamento da fabricante de equipamentos para broadcast Harris em 2010, e este número deve chegar a 57% este ano, conta o presidente mundial da divisão broadcast da empresa, Harris Morris, que está no Brasil esta semana, de onde segue para a Argentina, onde a empresa inaugura novos escritórios.
Segundo ele, a empresa vem crescendo 10% no mercado norte-americano e 20% no resto do mundo, com destaque para a região CALA (América Central e América Latina), e dentro deste grupo, para o Brasil, onde a Harris tem sua fábrica instalada. "O Brasil está entre os quatro mercados que mais crescem, provavelmente entre os dois primeiros até".
Ele destaca o fato inédito do país sediar os dois principais eventos esportivos globais, e que isso dará grande visibilidade ao país, especialmente ao processo de transição pra a TV digital.
Em sua avaliação, o processo de transição não vem acontecendo na velocidade esperada. "Preocupa que o Brasil faça como os Estados Unidos, que deixou para resolver a questão no último minuto e acabou tendo que adiar o switch off várias vezes", disse. "Mas é fácil subestimar as dificuldades de um processo desses, fazer os consumidores adotarem, é complicado", lembrou.
Hitachi
Em relação à entrada da Hitachi no mercado brasileiro, através da compra da Linear, Morris diz respeitar a fabricante japonesa. "Levamos muito a sério. Isso é como o esporte, não se pode entrar de salto alto no jogo". Ele diz que a Harris não pretende produzir outros tipos de equipamento no Brasil, como switchers, a exemplo do que vem anunciando a concorrente japonesa.
Selenium
Morris anunciou a aquisição pela RBS da plataforma de processamento de sinais Selenium, para todo o mercado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Eles estão trocando todos os encoders para contribuição e distribuição por esta plataforma", conta o diretor da empresa no Brasil Felipe Luna.