A coprodução Brasil e Colômbia "Alma do Deserto" venceu dois importantes Prêmios no Festival de Havana: o Prêmio Especial do Júri da Competição de Documentários e o Prêmio Arrecife, que é dado ao melhor filme com temática queer. Dirigido por Mônica Taboada-Tapia, o longa ganhou também data de estreia nos cinemas brasileiros: 30 de janeiro de 2025.
A diretora relata que "a força motriz e o coração de 'Alma de Deserto' é a história de Georgina Epiayú, sua vida real foi a semente de uma jornada cinematográfica de oito anos. Não é apenas uma história inspiradora e esperançosa para a comunidade LGBTIQA+ ou para aqueles que se identificam com o queerness, mas também nos ajudou a mergulhar no âmago de uma parte da comunidade Wayúu que a Colômbia desconhece e que não podemos continuar ignorando porque apela ao nosso sentido de humanidade. O filme pode ressoar com o espírito de muitas pessoas em diferentes lugares do planeta. Ganhar o 'Queer Lion' nos dá uma visibilidade que pode ajudar a gerar mudanças positivas nas crenças de muitas pessoas de diferentes públicos, também por meio da conexão emocional, e isso é uma grande oportunidade".
"Alma do Deserto" acompanha Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu que luta para obter seu direito básico de ter uma identidade reconhecida. Após perder seus documentos em um incêndio criminoso, provocado pelos próprios vizinhos que não aceitavam sua presença, Georgina embarca em uma jornada de resiliência e coragem para recuperá-los. Apenas com seus documentos recuperados ela pode exercer direitos civis fundamentais, como o direito ao voto nas eleições colombianas.
O documentário será lançado nos cinemas brasileiros em 30 de janeiro de 2025 pela Retrato Filmes, distribuidora focada em longas independentes com perfil autoral com o objetivo de ampliar a distribuição de obras brasileiras e coproduções latinas.