Série documental "Elas.Lab" incentiva jovens a descobrirem a ciência como profissão

A primeira temporada da série documental "Elas.Lab" estará disponível com acesso gratuito no YouTube a partir desta quarta-feira, dia 23 de fevereiro, com novos episódios lançados às quartas-feiras seguintes. 

Os episódios são protagonizados por Luciana Maria Silva, chefe do serviço de biologia celular da Funed e responsável por um exame genético para prognóstico precoce de câncer de ovário; Marilda de Souza Gonçalves, farmacêutica e diretora da Fiocruz da Bahia, referência no estudo da doença falciforme no país; e Fernanda Palhano, engenheira responsável pelo primeiro estudo sobre ayahuasca de depressão do mundo. A direção é de Helena Bertho e Pétala Lopes. 

"Queríamos mostrar toda a potência destas cientistas, como suas pesquisas são inovadoras e relevantes. Não são documentários sobre os desafios de ser mulher na ciência, mas sim sobre a potência das cientistas mulheres, apesar de todos os desafios", explica Helena Bertho. 

Ao destacar as trajetórias, os trabalhos e a importância de cada uma dessas mulheres, o "Elas. Lab" tem a intenção de mostrar jovens meninas como a ciência é um caminho profissional possível. "Os documentários foram pensados não para focar os desafios de ser mulher na ciência ou os preconceitos enfrentados, mas sim para mostrar os trabalhos que têm sido feitos, apesar disso tudo. A primeira temporada foi feita com foco na área da saúde e queremos ainda tratar de outros campos científicos em futuras temporadas", completa a diretora. 

Os filmes estarão disponíveis gratuitamente online e a Revista AzMina incentiva que professores e escolas organizem sessões para apresentar o trabalho aos alunos e puxar o debate sobre a ciência como carreira com as meninas. 

Mostrando as cientistas em seu ambiente de trabalho, os documentários destacam também como elas são importantes para a sociedade, e como seus trabalhos são fruto de esforço e dedicação num país onde a ciência tem sido desvalorizada nos últimos anos. Segundo Bertho, "ao falar especificamente da questão de gênero, mulheres não são incentivadas a seguir carreiras na ciência e, quando o fazem, sofrem machismo, racismo e apagamento do seu trabalho". 

Assim, o "Elas.Lab" é não apenas um registro do trabalho desse trio de cientistas, mas, também, um convite às jovens das mais diversas faixas etárias e sociais a pensar na possibilidade de se tornar uma cientista. A primeira temporada tem como foco a área de saúde, com mulheres com trabalhos relevantes e inovadores na área, e que são referência no que fazem. Além disso, os filmes também mostram a diversidade do Brasil, ao sair do eixo Rio-São Paulo. 

"Elas.Lab" foi produzida via Lei de Incentivo, com patrocínio do Grupo Fleury, e faz parte das ações do instituto AzMina, que é uma organização sem fins lucrativos, que luta pela igualdade de gênero. A partir do perfil dessas três mulheres, mostrando seus trabalhos como cientistas e a importância de suas pesquisas, os filmes também têm o objetivo de despertar a consciência e o desejo de mais meninas e mulheres ingressarem no campo das ciências ? um ambiente no qual as vozes femininas foram, sistematicamente, silenciadas ao longo dos anos. Mas, conforme mostram os documentários, é um cenário que está mudando graças a mulheres que causam verdadeiras revoluções.  

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