Entre as operadoras de TV por streaming, a Zapping tem adotado uma estratégia focada na diferenciação por meio de conteúdos próprios. A principal aposta da empresa é o canal Zapping Sports, que traz jogos ao vivo dos Campeonatos Paulista e Catarinense.
Segundo Chico Vargas, coordenador operacional para o Brasil, a introdução de conteúdos exclusivos tem sido um diferencial competitivo dentro da estratégia da plataforma e os resultados de crescimento já aparecem. O canal é uma parceria da Zapping com a LiveMode e com as respectivas federações esportivas, e inclui 92 jogos do Paulistão e 30 jogos do Campeonato Catarinense.
A empresa chegou ao Brasil em 2023, com a aquisição da Guigo TV. "Em 2024 passamos pela consolidação e ajustes, e esse é o ano de colocar a estratégia para rodar", diz Vargas.
A estratégia é ampliar a base de cerca de 7 mil clientes ativos e reconquistar parte dos cerca de 70 mil que já tiveram contato com o serviço. O caminho para isso passa pela oferta direta ao consumidor, mas a principal aposta é nas parcerias com provedores de Internet (ISPs). Hoje, há 25 ISPs parceiros, mas o objetivo é ampliar esse leque de parcerias.
"Na América Latina, a Zapping é mais forte na venda direta ao consumidor, mas achamos que o Brasil será diferente. O B2B por meio de provedores têm um peso muito relevante aqui, e percebemos que existe uma demanda do mercado por produtos que valorizem os pacotes de banda larga", diz Chico Vargas.
Mas a Zapping fará campanhas diretamente junto aos consumidores, como torcedores dos times para os quais detém direitos de jogos, por exemplo. "Queremos que os ISPs possam crescer com boas margens". Para ele, o diferencial da Zapping é a plataforma tecnológica, permanentemente em atualização, ao mesmo tempo que mantém parcerias com os principais provedores de conteúdo de canais lineares.
A Zapping projeta, também, uma ampliação da oferta de conteúdos não lineares, no modelo de oferta de apps empacotados com canais lineares (superbundle), e também prepara uma oferta de um pacote com canais FAST (gratuitos, mas com publicidade).
A empresa vê a pirataria como um dos principais desafios brasileiros, e diz que esse é um ponto importante de trabalho junto aos ISPs, para mostrar que a oferta de conteúdos legalizados combinado com a banda larga pode ser uma forma de rentabilizar e fidelizar o cliente – ao contrário de um produto pirata, que não traz nenhuma receita adicional, destrói oportunidades de futuros negócios e não cria vínculo com o consumidor.
