De 26 a 28 de fevereiro de 2025, a Cinemateca Brasileira fará uma homenagem a Grande Otelo com a mostra "Revisitando Grande Otelo". A seleção de filmes reúne quatro obras do ator que são preservadas pela instituição: "Carnaval Atlântida" (José Carlos Burle, 1952), "Matar ou Correr" (Carlos Manga, 1954), "Macunaíma" (João Pedro de Andrade, 1969) e "Amei um Bicheiro" (Jorge Ileli e Paulo Wanderley, 1952).
A programação também exibirá o documentário "Othelo, o Grande" (Lucas H. Rossi dos Santos, 2023), que abre a mostra no dia 26 de fevereiro, às 20h. Antes da sessão, às 19h, haverá um debate com o produtor executivo do filme, Ailton Franco Jr. A conversa terá acessibilidade em Libras e transmissão pelo canal da Cinemateca Brasileira no Youtube.
Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, nasceu em Uberlândia/MG, em 1915. Segundo seus relatos, desde muito jovem já era considerado o "palhaço da cidade". Por acaso, participou de um espetáculo circense a que havia ido assistir e, a partir daquele momento, nunca mais se afastou dos palcos. Passou pelo rádio, televisão, cinema e teatro, além de ter tido uma notável carreira como compositor de sambas. No cinema, começou sua trajetória nos primeiros filmes da Atlântida Cinematográfica, como o hoje perdido "Moleque Tião" (José Carlos Burle, 1943), que abordava o racismo de forma pioneira. Durante esse período, formou com Oscarito uma das duplas mais icônicas do cinema brasileiro das décadas de 1940 e 1950. Dois desses clássicos, "Carnaval Atlântida" (José Carlos Burle, 1952) e "Matar ou Correr" (Carlos Manga, 1954), serão exibidos na mostra. Outro marco de sua carreira foi o papel-título em "Macunaíma" (João Pedro de Andrade, 1969), obra que ele considerava seu maior sucesso.
Toda a programação é gratuita e os ingressos serão distribuídos uma hora antes de cada sessão.