Estudo da SET mostra que não há espaço para dividendo digital em algumas áreas de São Paulo

É grande a chance de não haver dividendo digital algumas áreas de grande ocupação do espectro pelas emissoras de TV como Campinas/Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Bauru. Essa é a conclusão de um estudo da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), que analisou a ocupação do espectro em oito regiões do Estado de São Paulo, o estado onde existe o maior número de emissoras.

O estudo identificou a necessidade de quatro canais para as emissoras de grande porte na região de Campinas/Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Bauru, áreas onde o espectro está mais congestionado. Considerando que existem seis emissoras de grande porte já seriam necessários 24 canais em cada uma das regiões. Soma-se a esse número os canais para as emissoras de pequeno e médio porte e as estações independentes.

Segundo o estudo, conduzido pelos consultores da SET André Cintra e Teresa Mondino, o número de canais digitais necessários para a operação das emissoras existentes hoje nessa região já ocuparia quase que a totalidade do espectro de 700 MHz. Na área de Campinas/Sorocaba, a mais crítica, dos 45 canais disponíveis a demanda atual ocuparia 43. Em Ribeirão Preto, 39 canais; Bauru, 38 e São José do Rio Preto, 39. O estudo surpreendeu até o setor de radiodifusão, que não imaginava tal nível de ocupação. “Isso mostra a necessidade de otimizar para garantir que o setor não se auto-interfira, sem nem falar em banda larga”, disse André Cintra em palestra no 26º Congresso da Abert. O executivo lembra que também deverão ser acomodados os canais obrigatórios, como TV Câmara, TV Senado etc.

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