Um dado importante também é que a pesquisa voltou-se à metodologia completa, utilizada nas edições realizadas antes da pandemia. Os questionários foram respondidos presencialmente entre outubro de 2021 e março de 2022. Tal prática ficou comprometida nas pesquisas de 2020 e 2021 por conta da pandemia.
Crescimento em todas as regiões
Todas as regiões do País obtiveram crescimento no quantitativo de domicílios com Internet. O maior registro foi na Centro-Oeste, com 13% a mais quando comparado com a pesquisa de 2019. A região que contém a maior quantidade de domicílios com acesso à Internet é a Sudeste, com 84% deles. Em segundo lugar vem a Sul, com 83%. O crescimento médio foi de 9%.
A fibra óptica ou o cabo continuam sendo as tecnologias mais utilizadas para conectar as pessoas, em todas as regiões. Em segundo lugar estão os domicílios com acesso a Internet com tecnologia móvel (3G/4G).
Crescimento da TV
O aparelho celular continua sendo o dispositivo mais utilizado para acesso à Internet no Brasil. Quase a totalidade (99%) dos entrevistados afirmam que usam o equipamento. A pesquisa TIC Domicílios mostra também o crescimento do uso da televisão (smart TVs) para acessar a Internet. Em 2020, 44% dos usuários usavam a TV para acessar a Internet. Em 2021, esse número aumentou param 50%. Ao mesmo tempo, nota-se uma queda no uso do computador. Em 2019, 42% dos entrevistados utilizavam o equipamento para acessar a rede mundial de computadores. Hoje este número é de 36%.
Consumo
Os dados divulgados pelo NIC.br nesta terça-feira também mostram que houve um crescimento no consumo de bens culturais por streaming, especialmente de filmes e séries. Em 2019, 56% dos entrevistados afirmaram que assistiam vídeos e séries pela Internet. Hoje, este número aumentou para 61%. Os mesmos números se repetem para o consumo de música pela rede.
O maior índice de consumidores destes bens culturais está na classe C. Segundo a pesquisa, 18,8 milhões de indivíduos localizados nesta classe pagaram para assistir filmes, e 19 milhões para assistir séries em 2021. Em 2019, estes números eram de 13,1 milhões nas duas atividades.