O documentário "Sociedade de Ferro – A Estrutura das Coisas" aborda as causas e consequências das tragédias de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), em Minas Gerais, nas quais as barragens se romperam causando graves acidentes ambientais. O filme será lançado nos cinemas em São Paulo e Belo Horizonte no dia 5 de setembro e seguirá em cartaz até o dia 11 do mesmo mês. As duas capitais também terão pré-estreias. O longa é é uma coprodução entre Pródigo Filmes, Globo Filmes e GloboNews. A direção é de Eduardo Rajabally.
Conduzido pelo poema "Máquina do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade, o documentário mostra a estreita conexão entre as gigantes mineradoras e o poder público. Com depoimentos de pensadores como Célia Xakriabá e José Miguel Wisnik, destaca o impacto da mineração em Minas Gerais e faz críticas à cultura do consumo desenfreado. Selma Perez assina o roteiro e Beto Gauss e Francesco Civita, da Pródigo, são os produtores.
O filme teve fases e processos distintos. Em 2016, o diretor viajou a Bento Rodrigues no aniversário de um ano da tragédia de Mariana para sentir a atmosfera do lugar e conversar com as pessoas. Anos depois, em 2019, Edu Rajabally esteve com uma pequena equipe em Brumadinho, dias após o rompimento da barragem, e acompanhou com os bombeiros o trabalho de resgate dos corpos destroçados pela lama. Esse material e essas vivências ficaram guardados por alguns anos, devido à pandemia e às dificuldades inerentes ao audiovisual no país.