Na noite desta terça-feira, 22, o deputado Pedro Lucas Fernandes confirmou em nota que não aceitou o convite do presidente Lula de ser ministro das Comunicações, após a saída do deputado Juscelino Filho. O União Brasil, partido do parlamentar, ainda não disse se indicará outro nome ou se desistiu do MCom.
Na nota, Lucas diz que agradece ao presidente Lula pelo convite para assumir a pasta, mas pede desculpas por não poder atender ao convite. "Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil. A confiança depositada em meu nome me tocou de maneira especial e jamais será esquecida", diz Lucas na manifestação.
Ele destacou, porém, que é líder de um partido plural, com uma bancada diversa e que na atual posição na Câmara dos Deputados, tem convicção de que pode contribuir mais com o País e com o próprio governo na função que exerce de líder naquela casa.
"A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do Brasil", diz.
No final da sua manifestação, Pedro Lucas diz que seguirá lutando pelo bem-estar de todos os brasileiros, especialmente daqueles que mais precisam. "Continuarei atuando com firmeza no Parlamento, buscando consensos, defendendo a boa política e acreditando que o respeito às diferenças é o que fortalece nossa democracia", finaliza.
A desistência
A desistência do indicado pelo União Brasil mostra que o partido se mostra dividido. A legenda possui na Câmara 58 deputados e no Senado, nove senadores, além da presidência da casa.
A desistência de Pedro Lucas em assumir o Ministério das Comunicações ainda precisa ser digerida pelo Palácio do Planalto, que dava como certa a ocupação da vaga pelo parlamentar.
Com três ministérios no governo Lula, o União Brasil é o quarto partido que menos votou com o governo na Câmara. Levantamento realizado pela Arko Advice, a legenda votou com o governo em 49,87% das ocasiões, ficando atrás apenas dos oposicionistas Novo (29,37%), PL (31,98%) e PRD (40,28%).