O representante do ATSC Tommy Bruce, que veio ao Brasil com uma comissão do comitê norte-americano, defendeu a tese de que o Brasil se torne fornecedor de aparelhos de TV digital para todo o continente americano. "O Brasil está numa situação única, está nas mãos do país a unificação do padrão de TV digital para a América", disse Bruce. ?Manaus tem capacidade para exportar e a LG já planeja um grande investimento na região, caso o ATSC seja aceito?, completou.
Richard Lewis, vice-presidente de pesquisa e tecnologia da Zenith, disse que o padrão ATSC é totalmente aberto e que os fabricantes nacionais têm total liberdade para desenvolvimento de software e equipamentos. Quanto à questão da produção de componentes locais, defendida pela associação HDTV Brasil, Lewis disse que qualquer um pode fabricar os componentes e que os royalties cobrados, pelo menos por parte da Zenith, que é detentora da tecnologia de modulação VSB, deverão ter um preço mais baixo para a América do Sul. Mas acredita que a produção de componentes nacionais depende da escala de produção de aparelhos receptores no País.
transmissão terrestre
Bruce diz ainda que o padrão ATSC não foi desenvolvido para funcionar apenas num país onde a TV a cabo é predominante, comoos EUA. Segundo o executivo, cerca de 65% dos lares americanos têm TV por assinatura, mas, na maioria, apenas em um aparelho de TV. Em média dois aparelhos por casa recebem TV via transmissão terrestre. ?Um país democrático como os EUA jamais aceitaria um padrão que não garantisse 100% de cobertura para a TV aberta?, disse.