2º Festival Claro Curta! Documentários terá masterclass com Susanna Lira a debates sobre política do audiovisual com Juca Ferreira

O 2º Festival Claro Curta! Documentários 2024 realizará, entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, três painéis de debates sobre políticas públicas para o desenvolvimento da indústria do audiovisual brasileiro e uma série de outros eventos presenciais do interesse de produtores, diretores, distribuidores, estudantes de cinema e cinéfilos.

A programação de eventos presenciais vai além dos painéis políticos e oferece também uma série de atrações. Entre elas, uma masterclass com a cineasta Susanna Lira, diretora de 18 longas que já ganhou mais de 120 prêmios; e quatro sessões "Salas de Montagem", nas quais filmes ainda em fase de finalização serão apresentados em primeira mão, seguidos de conversas com seus diretores e montadores.

Todos os eventos acontecerão no Estação Net Rio, no Rio de Janeiro. A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas e serão disponibilizadas pela ordem de inscrição através da plataforma Sympla. Os interessados encontrarão os QR codes para inscrição em cada painel em todas as redes sociais do canal Curta! e no site FestivalCurtaDocs.org.br, a partir das 14h desta terça, 23 julho. 

Político-regulatório

Participam das conversas políticas e regulatórias o conselheiro do BNDES na área de cultura e ex-ministro da Cultura Juca Ferreira; a deputada federal Jandira Feghali; o diretor da Ancine Paulo Alcoforado; o diretor geral do Canal Brasil, André Saddy; o diretor do canal Curta!, Julio Worcman; o diretor do canal Arte1, Caio Luiz de Carvalho; o presidente da associação de produtores Bravi, Mauro Garcia; o diretor Nordeste da associação de produtores Conne, Maurício Xavier; o produtor e sócio da Grifa Filmes, Fernando Dias; a produtora e diretora Liliane Muti; o produtor Luís Antônio da Silveira, bem como pensadores da política do audiovisual como Alfredo Manevy, cineasta, membro do Conselho Superior de Cinema, ex-presidente da Spcine e ex-secretário-executivo do Ministério da Cultura.

Manevy é também o coordenador dos debates e diretor de um dos filmes em destaque na competição: "Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor". Segundo ele, é importante "sediar, durante o Festival, uma reflexão sobre o futuro dos canais super brasileiros, tanto na relação destes com a regulação de VOD hoje em debate, como pensando nas parcerias internacionais que a coprodução permite ou deverá permitir".

Veja a programação dos debates regulatórios no dia 2 de agosto.

10h – A regulação do streaming no Congresso e o papel dos canais culturais brasileiros e super brasileiros no VOD. 
Entre os participantes já confirmados estão Jandira Feghali; Juca Ferreira; Paulo Alcoforado; e Daniel Jaber – Forum de Streamings Independentes Brasileiros.

14h – A relevância dos canais de TV culturais na curadoria e difusão das produções fomentadas pelo FSA e a sustentabilidade dos canais super brasileiros no período de  transição ao streaming.
Entre os participantes já confirmados estão: Andre Saddy; Paulo Alcoforado; Mauro Garcia; Maurício Xavier e Caio Luiz de Carvalho.  

16h – O retorno da TV aos editais do FSA para Coproduções Internacionais, os acordos bilaterais com o Brasil que contemplam coproduções para TV.

Sala de montagem

As sessões "Sala de Montagem", nos dias 31 de julho e 1º de agosto, exibirão em primeira mão filmes ainda em finalização como "Cazuza, boas novas" e "Canecão – Tantas emoções".

Os quatro filmes com sessões confirmadas são:

"Cazuza, Boas Novas", com direção de Nilo Romero (também baixista e arranjador de discos icônicos de Cazuza) e montagem de Jordana Berg (montadora de filmes de Eduardo Coutinho). Segundo Jordana, "poder mostrar um filme em processo para olhos iniciantes é incrível. Permite que acessem um filme antes do seu corte final, privilégio apenas de quem frequenta laboratórios e festivais, mas também é um privilégio de quem faz o filme poder compartilhar esse momento de dor e glória da montagem de uma ideia na sua fase final".

"Paraiso", o novo longa da diretora Ana Rieper — um documentário sobre as heranças da condição colonial brasileira na vida diária hoje, a partir de uma narrativa musical e do uso de material de arquivo de naturezas diversas —, com montagem de Pedro Bronz, para quem "uma das ideias da montagem era criar um fluxo narrativo onde as informações e os afetos estão dispostos hoje em nossa sociedade". Bronz é também diretor de documentários como "O Astronauta Tupy", sobre a trajetória do músico Pedro Luis.

"Canecão – Tantas Emoções", de Bruno Levinson com montagem de Tuco (João Lourenço). O documentário recupera a história e histórias da casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro. Segundo o montador, "a sala de montagem é como um laboratório, é preciso fazer diferentes experiências até se chegar numa fórmula correta. Novos olhares sobre o filme em montagem, é um ótimo ingrediente para novas experiências."

"O Brasil que não houve – As aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas", de Renato Terra ("Uma Noite em 1967") e Arnaldo Branco, com pesquisa de imagens de Antônio Venâncio e montagem também de Jordana Berg. Para Renato Terra, "exibir um filme não terminado é um exercício maravilhoso. Permite uma reflexão sobre o processo criativo com ideias ainda frescas. O que é ainda mais precioso neste documentário que brinca com as ferramentas da própria linguagem documental".

Estudantes, profissionais e interessados registrados para participar dos eventos presenciais poderão solicitar Certificados de Participação e os receberão após os eventos. 

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