A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda, 23, o longa-metragem que vai representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional na 97ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences – Oscar 2025. "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, foi escolhido por unanimidade pela Comissão de Seleção. O longa estreia nas salas de cinema do Brasil no dia 7 do novembro.
O longa-metragem disputou com outras 11 produções, inscritas e habilitadas a concorrer à vaga e, na semana passada, passou para o segundo turno com outros cinco títulos: "Cidade Campo", de Juliana Rojas; "Levante", de Lillah Halla; "Motel Destino", de Karim Aïnouz; "Saudade Fez Morada Aqui Dentro", de Haroldo Borges; e "Sem Coração", de Nara Normande e Tião.
Exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, selecionado para o Festival de Nova York, e vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, "Ainda Estou Aqui" conta com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco principal. O filme é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, e tem roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega. Produzido pela Videofilmes, RT Features e Mact Productions, o longa é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com Arte France e Conspiração. A distribuição nos cinemas brasileiros será realizada pela Sony Pictures.
A Comissão de Seleção deste ano é formada por: Alfredo Alves, Allan Deberton, Alzyr Brasileiro, André Pellenz, Bárbara Paz (presidente), Bernardo Uzeda, Bia Oliveira, Carol Bentes, Cintia Domit Bittar, Diogo Dahl, Edson Ferreira, Eloisa Lopez Gomes, Gabriel Mellin, Gal Buitoni, Gláucia Camargos, Ivelise Ferreira, Joaquim Haickel, Lô Politi, Lucy Barreto, Malu Miranda, Mónica Trigo, Renata Martins, Sandra Kogut e Yasmin Martins Mendes.
"Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. 'Ainda Estou Aqui' é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso", disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.
A tal comissão de cinema escolheu o filme antes da estreia? Isso significa que eles estão se lixando para a opinião popular, porque se o filme for um fracasso em bilheteria — como, aliás, é comum com os filmes do Salles — ele continuará na disputa. Dá-lhe Brasil!