Profissionais de agência de publicidade e produtoras de som e imagem discutiram no III Forum de Produção Publicitária, evento que aconteceu em São Paulo nesta quarta-feira, 23, a necessidade de estabelecer uma relação mais saudável com os anunciantes nas mesas de compras. Segundo Leyla Fernandes, presidente da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), a entidade iniciou conversas com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) para criar algumas regras. Entre elas, estão um formato padrão de orçamento e carta-orçamento, a presença dos profissionais de RTV e criação das agências na fase de compras e o fim dos prazos inviáveis de produção e pagamento. Alguns anunciantes querem 100 dias para pagar agência, produtora e fornecedores.
Segundo Francesco Civita, produtor executivo da Prodigo Filmes, quem perde no fim das contas é o anunciante. “Mas ele é míope neste momento. A principal preocupação é com os ganhos imediatos”, explica. “Não estamos acostumados a dizer não porque éramos o mercado do crescimento. O bom senso da ABA é grande, mas na prática do dia a dia tem que ser feito. É fácil falar, mas difícil aplicar. Não tem outro caminho”, diz Luiz Lara, presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda.