Comportamento dos aliados começa a preocupar governo

Fonte de nível ministerial manifestou "séria preocupação" em relação ao atual comportamento do PFL e do PMDB, os dois partidos mais importantes da base governista. A fonte teme que o presidente Fernando Henrique Cardoso fique excessivamente isolado e que se compliquem as possibilidades de acordo com o FMI. Ou seja: haveria risco efetivo de um "quase rompimento" com os organismos internacionais, reacendendo as possibilidades de moratória e/ou centralização do câmbio.
No PFL, mais do que as críticas do senador Antônio Carlos Magalhães ao FMI, o que inquieta é a posição de vários governadores aliados (Roseana Sarney entre eles) em favor da renegociação da dívida dos estados e contra qualquer ajuste fiscal adicional. Além disso, o próprio presidente do PFL, Roberto Bornhausen, está apoiando as teses do economista Paulo Rabelo de Castro, em favor de uma unificação de todos os ativos e passivos dos estados e municípios, o que praticamente zeraria as dívidas. Já o PMDB está abrindo um grande espaço ao governador Itamar Franco, ao articular uma sessão especial no Senado, na qual o ex-presidente poderia expor a situação de Minas Gerais.

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