Teles investem metade do prometido, mas seguem com problemas na banda larga móvel

A Anatel divulgou nesta segunda, 24, o acompanhamento trimestral do investimento prometido pelas operadoras móveis pós cautelar que suspendeu as vendas em julho de 2012. Mais da metade do investimento previsto para o triênio 2012 a 2014 foi aplicado (na média 55%), mas os problemas de julho de 2012, que motivaram a cautelar, continuam muito semelhantes.

As operadoras no seu conjunto ainda não atingem a meta de acesso à rede de dados, de 98%. Como ficou explícito quando a Anatel começou a divulgar os dados separados por rede 2G e 3G, é a rede 2G que puxa os índices para baixo. Aos olhos do regulador, contudo, a meta tem de ser cumprida não importa que a rede 2G não foi desenhada para dados.

Na análise por operadora, percebe-se que apenas a Claro conseguiu, desde março do ano passado, cumprir a meta de acesso à rede de dados. A Vivo teve uma sensível melhora a partor de abril de 2013, mas ainda permanece abaixo da meta. A TIM segue variando entre 94% a 96% e a Oi que começou a série em agosto de 2012 com 96%, nos últimos três meses disponibilizados pela agência chegou a 93%.

Atendimento

Em relação ao atendimento, as melhoras também seguem tímidas. Em agosto de 2012, as quatro operadoras estavam acima do permitido em relação ao percentual de reclamação feita no call center da operadora que é repetida no atendimento da Anatel –  no máximo 2%. Apenas a Claro mostra uma tendência de se enquadrar na meta, o que ocorre desde abril do ano passado.

A operadora, contudo, é a que registra mais reclamações por mil clientes, e desde agosto de 2012 este número, ao invés de diminuir, aumenta. As demais companhias têm, de modo geral,  se mantido na meta (10 reclamações por mil clientes) mas ocorrem alguns meses em que uma ou outra passa do permitido. Mas o importante é que não houve alteração significativa do comportamento do gráfico para essas empresas desde a cautelar.

Investimento

Se o investimento realizado até aqui não foi suficiente para mudar o quadro de dois anos atrás, a situação se torna crítica considerando que para algumas empresas mais da metade do investimento prometido já foi feito. Esse é o caso da Claro que já investiu 56% dos R$ 8,26 bilhão prometidos há dois anos, da TIM que já gastou 54% de R$ 10,86 bilhões e da Vivo que já empenhou 64% de R$ 7,15 bilhões. Das quatro grandes, a Oi é a que reservou para 2014 a maior parte dos recursos previstos para o triênio – gastou até aqui 39% de R$ 5,48 bilhões.

O que pode explicar o fato de as empresas terem deixado para o último ano praticamente metade dos recursos previsto para o triênio pode ser o leilão do 700 MHz, que deverá acontecer em agosto.

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