O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, foi sabatinado e aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal nesta quarta, 24. Sua recondução ao cargo ainda depende de votação no plenário da casa, o que deve acontecer até o final da próxima semana, e da publicação da Presidência da República no Diário Oficial da União. Rangel foi aprovado por 16 votos a zero.
Em seu discurso durante o evento no Senado, Rangel deu ênfase à necessidade de consolidação da Lei do SeAC. Ainda há, lembrou, regulamentos pendentes. Além disso, é necessário fazer com que o mercado funcione de forma fluída em relação à lei. Segundo Rangel, os efeitos da Lei 12.485 já podem ser sentidos no mercado de produção. O volume de produção nacional na TV por assinatura já é, diz o presidente da Ancine, quatro vezes superior ao apresentado antes da entrada em vigor das novas regras. Ele também disse que o mercado de produção independente está aquecido e que aos poucos começam a surgir novas programadoras brasileiras. "É importante que esse mercado se internacionalize e que as produtoras e programadoras nacionais atuem em outros países", disse ele.
Regionalização
Manoel Rangel também deu ênfase à necessidade de regionalização da produção e da atuação da agência. Para isso, a Ancine, que está sediada no Rio de Janeiro e conta com escritórios em Brasília e em São Paulo, deverá ter mais dois escritórios regionais, um na região Nordeste e outro na região Sul.
O presidente da Ancine afirmou ser necessário atuar na formação de mão de obra especializada e incentivar a elaboração de roteiros e projetos em polos regionais. Disse também que é fundamental uma reforma na estrutura da Ancine para que se possa atingir os próximos objetivos de expansão do mercado audiovisual.